Crack, não! Vida! Tijolo a tijolo!
O Léo insistia: “A vida é uma construção. Não tem jeito. Tem que ser todo dia. Dia a dia. Tijolo a tijolo.”. Era assim que justificava o uso de tijolos à vista em nossas construções em Bethânia.
Hoje, para nós eles se tornaram uma marca poderosa. Além de nos identificar enquanto comunidade pois, em todas as nossas casas e empreendimentos o padrão já está posto, nos ajudam a perceber essa dimensão fundamental da existência. A vida não dá saltos. Nosso caminho de restauração é árduo e construído a cada dia, tijolo a tijolo.
Principalmente nossos filhos e filhas experimentam essa verdade. A restauração é gradual, e porque não dizer, lenta mesmo. Exigente. Obriga o filho a uma energia grandiosa na direção de metas e objetivos definidos. É preciso almejar vida plena, restauração. Deus vai proporcionar força, direção e respostas. Os tijolos, em tons de terra, vão aos poucos indicando a direção e a meta, o jeito e o caminho. Dá para dizer, o nosso método é “tijolo a tijolo”.
O país inteiro se apavora com a escalada do crack. Os jornais falam não apenas em casos de justiça, mas de saúde pública. A sociedade assustada despertou para o casamento perigoso do crack com a violência. A droga é uma mistura destruidora de cloridrato de cocaína (cocaína em pó), bicarbonato de sódio ou amónia e água destilada, que resulta em pequeninos grãos, fumados em cachimbos (improvisados ou não). É mais barato que a cocaína mas, como seu efeito dura muito pouco, acaba sendo usado em maiores quantidades, o que torna o vício muito caro, pois seu consumo passa a ser maior.
Estimulante seis vezes mais potente que a cocaína, o crack provoca dependência física e leva à morte por sua ação fulminante sobre o sistema nervoso central e cardíaco. Seus efeitos são devastadores. Precisa de apenas 15 segundos para chegar ao cérebro e produzir de imediato forte aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremor muscular e excitação acentuada, sensações de aparente bem-estar, aumento da capacidade física e mental, indiferença à dor e ao cansaço. Mas, se os prazeres físicos e psíquicos chegam rápido com uma pedra de crack, os sintomas da síndrome de abstinência também não demoram a vir. Em 15 minutos, surge de novo a necessidade de inalar a fumaça de outra pedra, caso contrário, chegarão inevitavelmente o desgaste físico, a prostração e a depressão
Em Bethânia, faz tempo que essa realidade salta aos olhos. Olhamos para ela e nos concentramos nos tijolos à vista. Convidamos nossos filhos a começarem a reconstrução. Sem desesperos. Dia a dia. Tijolo a tijolo. Às vezes, me recordo das leituras da minha infância e me lembro do famoso “Mágico de Oz”. Penso naquela garotinha arrastada pelo ciclone e feita órfã numa terra estranha e perigosa. A famosa frase me vem à mente: “Siga a estrada dos tijolos...”. A única diferença é que nesse caso, para os nossos filhos, os tijolos não são “amarelos”, mas “marrons”, como a terra que sustenta a vida no planeta. Mas a fala é a mesma: siga os tijolos. Reconstrua sua vida. Dia a dia. Todo dia. Não é fácil, todavia, possível e necessário.
Agora, alarmado, o Brasil sabe a razão pela qual repito à exaustão: Deus tem pressa e nossos filhos urgência!
Fique na paz de Deus! Estamos juntos!
Pe. Vicente, scj
09.11.2009
Pe.Vicente, tive a oportunidade de conhecer Bethania de Lorena.Obra linda q Pe.Leo começou e o senhor está dando continuidade.Lá há paz,Pe. Leo pensou em td para acolher seus filhos, força no resgate da vida dos seus filhos de Bethânia q qdo vou lá considero meus tb.
ResponderExcluirSua benção
Zelia
PADRE VICENTE E DONA NAZERA OS DISCIPULOS DE PADRE LEO
ResponderExcluirPadre Vicente continue a obra do saudoso Padre Léo.
ResponderExcluirAbraço Dona Nazaré
favor estou precisando do email do padre vicente,alguem teria?
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