Uma vez, eu estava atravessando uma rua no centro de Lisboa, sozinho... Quando eu estou no meio da rua, naquela travessia, eu escuto o meu nome bem forte:
⁃ Senhor padre Léo!
Eu olhei e era uma senhora de uns 40 anos, bonita, roupa branca. E ela então me contou da alegria dela de me ver porque ela queria me agradecer.
⁃ Então que Deus a abençoe!
Mas ela insistiu na história. Ela é médica formada há pouco tempo. Quando um médico se forma lá, ele não pode sair e abrir um consultório. Ele tem que trabalhar durante um tempo em hospitais públicos para pegar prática e adquirir experiência. Claro que quando chega um médico novo, os outros botam ele no pior horário. É novo, tem que aprender! Então o horário dela era de oito, nove da noite até duas da manhã num hospital público que atende Pronto-Socorro, igual aqui no Brasil tem também... E ela foi então trabalhar com todo aquele entusiasmo, alegria de jovem médica que quer curar todo mundo, que quer salvar o mundo! Mas ela começou a ficar decepcionada com ela mesma e com a medicina. Porque nesses horários, normalmente, quem é trazido no Pronto-Socorro? Pessoa que sofreu um acidente, pessoa que está em coma alcoólico, pessoa que se drogou, que teve uma parada cardíaca, um derrame, um AVC... E muitos desses casos morreram ali na mão dela. Ela que ficou médica pra ajudar a vida, estava tendo que assinar atestado de óbito. E aquilo foi angustiando o coração dessa médica.
Ela ia pra casa às duas da manhã e não conseguia dormir. Chegava em casa de madrugada, em vez de dormir (a cabeça estava quente, angustiada), começou a tomar um vinhozinho pra relaxar. Chegava em casa, pegava uma taça de vinho. E passou um tempo, precisava pegar duas taças, três taças... E daqui a pouco tomava destilado também, whiskyzinho... Ou seja: em pouco tempo essa médica estava completamente dependente do alcoolismo. Porque foi alimentando! Você imaginem: solteira, viciada na bebida, decepcionada com a profissão, entrou em depressão profunda. Não conseguia mais se assumir.
E aí me conta ela que numa daquelas madrugadas de desespero profundo, ela bêbada ligou a televisão. E ligou a televisão na Tv Canção Nova por acaso. Ficou zapeando ali, ligou na tv.
Por acaso, não sabemos o por quê, nem ela me falou por que ela sintonizou ali. Por graça de Deus, eu estava fazendo uma pregação. A noite repassa a programação. Nessa pregação, eu dei o testemunho do meu irmão que morreu em consequência do alcoolismo. E conforme eu fui falando aquilo, ela foi dizendo que era pra ela aquela palavra que Deus tinha falado. Era coincidência demais! Num determinado momento que no Rincão nós rezamos, em cima daquele tema, ela lá em Portugal, de madrugada, bêbada, caiu de joelhos em frente da televisão. E ali ela repetiu o que o padre Léo falava no palco:
⁃ Eu renuncio ao espírito malígno do alcoolismo!
Foi me agradecer! Nunca mais caiu nesse espírito. Ele não teve mais nenhum poder sobre ela.
Então, vocês vejam, meus irmãos, a força da Palavra! A força do Evangelho! A força da libertação! Se a minha palavra tem força, pela graça de Deus, de curar uma médica alcoolizada em Lisboa... Ah, um detalhe: num programa repetido. Não era ao vivo. Era uma gravação. Se a palavra tem esse poder, o encardido sabendo disso usa, ou tenta usar esse poder para que o mal atinja as pessoas. E atinge!
Grande padre Léo, nos deixou muitas lições e ensinamentos. Hoje ele descansa nos braços de Jesus Cristo .Saudades muitas.
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