Confira abaixo o relato do Padre Fábio de Melo contando como ele conheceu o Padre Léo:
Eu agradeço a Deus porque um dia me colocou num corredor escuro diante de um padre esquisito, moderno demais, eu achava, que andava com umas camisas cheias de flores, uns cintos parecendo peão boiadeiro, umas calças jeans muito modernas, que eu olhava com desconfiança. ‘Que padre esquisito!’. Alguém me falou: ‘É famoso’. ‘Ah, é?’. ‘É. Tem um programa que se chama “Anunciando Jesus”. É escritor’. ‘É?!’.
Mas um dia eu descobri que aquele homem de camisas coloridas, calças esquisitas, tinha o coração igualzinho ao de Jesus. Não foi alguém que me contou. Eu posso falar da mesma forma como a samaritana fez depois de ter encontrado Jesus e também aqueles mesmos que receberam o anúncio dela. Esse homem é assim, assim, assado, ele faz isso, faz isso, faz aquilo. Não, eles disseram pra ela. Nós estamos acreditando não é porque você está dizendo não, é porque eu fui lá e experimentei.
Quando aos poucos eu fui conhecendo aquele homem, eu fui descobrindo que ele era cheio de pecados igual a mim, mas ele não desistia da salvação dele. E por isso ele era capaz de diminuir o medo do mundo. Ele olhava para os drogados e enxergava naqueles homens e mulheres o mesmo que ele enxergava dentro dele, não tinha o olhar de superioridade, não se sentia melhor, entrava no tempo deles. O tempo do Padre Léo era litúrgico.
Quantas vezes aquele homem, gente, pôs a mão na minha cabeça, me deitou no seu colo, como se eu fosse um menino, e diminuiu o meu medo, da mesma forma como Jesus diminuía o medo de quem Ele encontrava. Quantas vezes vendo o Léo de longe, lá em casa, eu morava em Belo Horizonte e ele aqui já no auge do seu trabalho aqui na Canção Nova, eu chorava igual uma criança lá do outro lado porque a palavra dele estava agindo dentro de mim de maneira redentora, a palavra dele estava me salvando do outro lado da televisão. Ele nem sabia onde eu estava, ele nem sabia o que é que eu estava fazendo e aquele homem descrevia o que eu estava vivendo como se tivesse conversado um dia antes comigo.
Outro dia esse ‘ordinário’ entrou dentro da minha casa de madrugada, deve ter uns três meses. Cheguei tarde da noite depois de uma viagem, eram quase duas horas da manhã, eu ligo a televisão, aquele infeliz fala assim: ‘agora eu quero falar pra você, padre’. Eu ‘falei’: ‘Oh, Léo, pelo amor de Deus, uma hora dessa não!’. E eu sentei na minha cama.
Coincidência ou não, o fato é que eu liguei na televisão na hora que ele estava olhando firmemente e dizendo: ‘Agora eu quero falar para você que é padre’, e fez assim com o dedo. E depois que ele terminou aquele discurso de mais de meia hora direcionado aos padres, eu sentado, sem coragem de levantar, o sono foi embora. E quando ele terminou eu tinha vontade de dizer do mesmo jeito que a gente diz quando lê a palavra de Deus: ‘Palavra da Salvação’.
Porque a palavra, quando ela está conectada na palavra de Jesus, minha gente, ela não tem outro destino dentro de nós, senão nos libertar. Não tenha dúvida disso, a palavra de Jesus ela nos liberta, ela abre os nossos cativeiros, ela nos melhora.
É por isso que nós precisamos correr atrás deste Deus, é por isso que nós precisamos revestir a nossa vida de mística, é por isso que nós precisamos ter contato o tempo todo com Sua palavra, com Sua celebração, com a Sua oração, com aquilo que nos conecta a Ele, com a música que nos fala d’Ele, com a palavra que nos recorda o que Ele disse, com os encontros que nos recordam o que Ele disse, na celebração aí da sua paróquia, naquilo que o seu padre pode lhe dizer para lhe recordar o que Jesus diz e que tem o poder de diminuir os medos que nós sentimos.
Quantas vezes na minha vida eu tive a oportunidade de experimentar Jesus assim do meu lado de maneira concreta naquilo que o Léo me falava: ‘Meu filho, não é bem assim. Olhe por outro lado’. Quantas vezes o nosso medo vai embora quando alguém diz isso para a gente: ‘Olhe de outra forma’. É como se abrisse uma porta do casarão assombrado em que nós estamos e nos ensinasse que tem uma saída possível”.
Padre Fábio de Melo, 24.05.2009
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