Não me lembro a data exata, mas foi em 2006, logo no início em que Pe. Léo foi internado no hospital em São Paulo. Eu ainda estava aqui na Comunidade Bethânia de São João Batista-SC, mas logo depois iria para o Recanto de Lorena-SP, pois havia sido transferida para lá.
Padre Léo estava com muitas saudades de casa, dos seus filhos e de seus cachorros. Insistiu com os médicos para que o deixassem vir nos visitar. Com muitas recomendações, ele conseguiu a autorização médica.
Aqui em São João eu cuidava da casa e das coisas pessoais de padre Léo. Foi tudo foi preparado, higienizado, especialmente o quarto dele como se fosse um quarto de hospital, principalmente por causa de sua imunidade baixa e por ele estar tão debilitado.
Padre Léo e seu cachorrinho Quinzinho
A principal recomendação médica foi que ele não tivesse contato com muitas pessoas (e muito menos com seus cachorros) por causa da imunidade baixa, para evitar alguma infecção. Foi combinado que quando ele chegasse, teria que ir direto para sua casa, para o seu quarto que estava preparado.
Padre Léo e seu cachorrinho Léo
Quem conheceu padre Léo sabe do amor que ele tinha por sua casa, por cada um de nós, seus filhos e, é claro, por seus cachorros. Vocês acham que padre Léo obedeceu essa ordem médica? Já, já,responderei!
Então, na teoria foi combinado o seguinte: que todos nós, seus filhos, iríamos esperar ele chegar fazendo um grande corredor na estrada na frente da secretaria aqui em Bethânia. Quando o carro em que Betão (seu grande e fiel amigo) o estava trazendo , passasse por esse corredor humano, nós iríamos aplaudi-lo, dando as boas-vindas ao nosso querido pai.
Eu estava lá na casa dele ansiosa e muito feliz aguardando sua chegada. Até o Léo e o Quinzinho (seus cachorros) tinham tomado banho para esperar por ele. Como sua chegada atrasou um pouco, resolvi descer com os cachorros (pois sabia que Pe. Léo ficaria muito feliz em vê-los também) e fui lá para o meio da estrada junto com o restante do pessoal esperar ele chegar.
E quando o carro foi se aproximando de nós, imaginem nossa surpresa ao ver que Pe. Léo pediu para o Betão parar o carro para ele descer... Imunidade baixa? Perigo de infecção? Nosso pai querido não pensou em nada disso
E quando o carro foi se aproximando de nós, imaginem nossa surpresa ao ver que Pe. Léo pediu para o Betão parar o carro para ele descer. Imunidade baixa? Perigo de infecção? Nosso pai querido não pensou em nada disso, ele só queria abraçar cada um de nós, seus filhos. E abraçou um por um!
Jamais esquecerei aquele abraço! Era abraço de saudade, reencontro, alegria em ter meu pai de volta em casa. E mais que de hospital e remédios, ele precisava sentir o nosso amor por ele. A alegria transbordava em seu olhar!
Não tem como eu lembrar de tudo isso e ter que escrever sem chorar.
Pensem na alegria dele quando viu o Léo e o Quinzinho! Tenho certeza que o Amor foi cura para o seu e o nosso coração naquele dia! E depois de tantas emoções, sim, ele foi para o seu quarto.
"Só se tem saudade do que é bom...
E se chorei de saudade não foi por fraqueza...
Foi porque eu Ameiii!!!"
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Depoimento de Vanderléia Scheidt, missionária da Comunidade Bethânia
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