Padre Léo e Miramar

Miramar e padre Léo no Biguá - 13/06/2005

"Um dia o Léo disse no carro que agora não tinha jeito. Ele não tinha mais alternativa, se ele quisesse rever o pai dele (seu Quinzinho) e sua grande amiga Jucélia (de Bethânia), ele teria que ir para o Céu.

O Céu já era real. Ele sabia muito bem o que queria e encontraria lá. Esta é a graça de perder alguém que a gente ama: as portas do Céu se abrem e você sabe concretamente quem te espera lá. Como sorri, como chora, como vai abrir os braços para te receber, qual é a palhaçada que vai fazer, que cor tem os seus olhos…Desculpe os sábios e santos de plantão que vagueiam por blogs alheios… sou só um rapazinho de cabelos vermelhos. Tudo que sei de Jesus: como sorri, como anda, como tira o cabelo do olho, como olha, eu aprendi vendo Jesus se mostrando para mim nos outros. Nunca vi uma “aparição” de Nosso Senhor.

Outras coisas eu deduzo: 'Só pode ser Jesus tirando sarro da minha cara…' 'Hoje Ele tá se divertindo com a minha cabeça dura…'

Maria já me salvou de poucas e boas. Como é bom ter uma mãezinha e caminhar por onde ela caminha! Eu sei que o que importa é isso, e não se ela é pretinha como na imagem de Aparecida, índia como no manto de Guadalupe, branquíssima e delicada como a imagem em Fátima…

Mas concreto mesmo, concretão armado, no Céu eu tenho o Léo.

Hoje o Céu é mais real… Tem alguém que eu conheço sensivelmente lá… Que eu toquei com a carne e não com a fé. Me aguarde, Léo, que agora eu também não tenho mais alternativa: é santo ou santo! É Céu ou Céu!

Mas, é claro, pra te contrariar, vou ser santo por aqui um tempo. Só pra você cansar um pouco de esperar… Ops, no Céu não tem tempo! Assim não dá. O Léo escolheu a melhor parte!"

Miramar

05.04.2007