Jesus diz para nós categoricamente: “Eu vim para que todos tenham vida”, eu acho que hoje Jesus mudaria um pouquinho a Palavra, ele talvez dissesse a mim e a você: “Eu vim para que você tenha vida, e tenham a vida em abundância, e tenham uma vida que valha a pena e não essa vidinha que você anda vivendo por aí. Mas o próprio Jesus que veio para nos dar essa vida, ele nos ensina que essa vida é conquista. E que nessa conquista a cura interior precisa ser uma alavanca. E de modo especial e como nos diz no Salmo 36, que naqueles momentos de tribulação e de dificuldade, de sofrimento e de dor. O que fazer nessas horas? Se a cura interior não pode ser entendida como aquela oração fraca, como essas orações de correntes de achar papel.
Retirou-se Jesus com eles para um lugar chamado Getsêmani e disse-lhes: “Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar.” E, tomando consigo Pedro e os filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e angustiar-se. Disse-lhes, então: “Minha alma está triste até a morte. Ficai aqui e vigiai comigo.” Adiantou-se um pouco e, prostrando-se com a face por terra assim rezou: “Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres.” Foi ter então com os discípulos e os encontrou dormindo. E disse a Pedro: “Então não pudestes vigiar uma hora comigo? Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O Espírito está pronto, mas a carne é fraca.”
Afastou-se pela segunda vez e orou, dizendo: “Meu Pai, se não é possível que este cálice passe sem que eu o beba, faça-se a tua vontade!” Voltou ainda e os encontrou novamente dormindo, porque seus olhos estavam pesados.
Deixou-os e foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. Voltou então para os seus discípulos e disse-lhes: “Dormi agora e repousai! Chegou a hora: o filho do homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores... Levantai-vos, vamos! Aquele que me trai está perto daqui.” (Mt26, 36-46).
Essa oração de cura interior que Jesus fez, pois essa é a grande oração de cura interior de Jesus. Não era cura espiritual, pois Jesus não pecou. Também não era cura física, pois ele não tinha nenhuma enfermidade física. Jesus fez uma profunda oração de cura interior para nos ensinar a fazer também essa oração de cura interior. Sabem por que muitos de nós ainda não fomos curados? Porque nunca fizemos uma oração de cura interior seguindo o modelo de Jesus.
É Jesus que diz para mim e para você: “Eu vim para que você tenha vida, e a tenha em abundância”. É Jesus que em João 14-6 diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Enquanto nós fizemos oração de cura interior seguindo os gurus da Nova Era, nós podemos até sentir um alívio interior. Um desabafo espiritual, mas não é cura interior. Cura interior é uma oração feita a partir de uma suprema angústia. A segunda coisa, pela qual muitos de nós ainda não fomos curados é que nós ainda não nos convencemos de que estamos em uma batalha. Quando tem um jogo importante do Brasil em outro país que tem fuso horário, muitos de nós pusemos o relógio a despertar e levantamos às três horas da manhã para ver o jogo pela televisão. E ali na frente da televisão, podia ser frio ou não, ficamos firmes, torcendo para que Ronaldinho fizesse gol. Embora a grande responsável pelo sucesso do modelo do cabelo do Ronaldinho fosse minha mãe. Quando éramos pequenos, mamãe mandava cortar nosso cabelo no mesmo modelo.
Quantas vezes você levantou às três horas da manhã para rezar um terço, para vencer a desgraça que está se abatendo sobre a sua família? Não é errado, nem pecado levantar às três horas da manhã para assistir um jogo. Isso é bom, e ficamos muito felizes com a vitória de nosso time. Mas para libertar um filho da droga é muito difícil um pai ou uma mãe levantar três horas da manhã para rezar um terço. Na Comunidade Bethânia tem filhos que estão lá há mais de seis meses sem nunca receber ao menos uma carta da família.
Na hora da adoração ao Santíssimo tem pessoas, e, a maioria jovens, que não conseguem ficar nem cinco minutos ajoelhados diante do Senhor. Depois querem pôr a mão no ostensório como se fosse alguma coisa mágica. Nós brincamos com as coisas sérias, por isso falta alegria. A alegria que tem que brotar em nosso coração é fruto de sangue. Por isso há uma grande preocupação quando se ensina oração de cura interior como se fosse uma coisa mágica, um carinho que eu fico passando a mão na cabeça da pessoa e ela se comove. A vida é dura e principalmente se a pessoa for mole. Se Jesus, que é o filho de Deus, veio para nos dar a vida, e que tem palavras de vida, nos dá o pão da vida, é o único que nos pode levar para a vida eterna. E se Jesus sentiu tristeza profunda. Uma tristeza tão grande que se transformou em uma angústia suprema e que chegou a suar sangue. Acredito que nunca nenhum de nós suou sangue. E só quem falou que Jesus suou sangue foi Lucas, porque Lucas era médico e sabia muito bem que quando uma pessoa chega a suar sangue é porque essa angústia, essa tristeza já passou para o seu corpo. A tristeza espiritual, a tristeza interior se traduz em uma tristeza física. O corpo somatiza essa tristeza. Jesus se retirou e nós não nos retiramos. Nós não nos afastamos. Nós vivemos num barulho danado, numa agitação, numa correria. Às vezes rezamos quinze minutos por dia e achamos que Deus nos deve obrigação. Chega dessa espiritualidade de lixo, pois enquanto vivermos essa espiritualidade de lixo e da superficialidade, nós não chegaremos a mergulhar na cura que o Senhor quer fazer. A cura interior não é opcional, Jesus veio para curar interiormente, porque sem a cura interior não tem salvação.
O ministério da cura interior em Jesus é um ministério de salvação, pois ele é o Salvador. Muitas vezes nós queremos um Cristo curandeiro que não me compromete. Um Cristo que me ensine uma oração mole.
Jesus retirou-se com os doze. Grupo. E é a coisa que o encardido mais está tentando destruir dentro da igreja são os grupos de orações. E que tristeza, pois ele está conseguindo. Tem grupos hoje, que parece uma assembléia, onde tudo está organizado. Desde a recepção até os avisos. Fala-se muito e reza-se pouco. O que mais precisamos em um grupo de oração é um pôr a mão no outro para rezar e interceder pelas pessoas. Precisamos deixar de viver na lorota. Tem gente que pertence a tantos cargos e secretarias que não tem tempo para fazer nenhuma oração.
È preciso que eu tenha um grupo. Jesus tinha um grupo de setenta e dois discípulos com os quais ele rezava. Mas ele tinha o grupo dos doze apóstolos para orações mais íntimas. Foi para eles que Jesus ensinou o Pai Nosso, foi com eles que Jesus partiu o pão e instituiu a Eucaristia. Foi com eles que Jesus instituiu o sacramento da reconciliação. Mas ainda dentro daquele grupo que rezava com Jesus, ele tinha o seu grupo de cura interior. E esse grupo era formado por Pedro, Tiago e João. Sabe o que mais me impressiona? É que esses eram os três piores.
Em matéria de relacionamentos, eles são os únicos três que a bíblia conta que tinham defeitos de relacionamentos. E para completar o quadro, Jesus diz que o quarto está chegando. E qual era essa quarta pessoa? Era Judas. Jesus tinha o seu grupo, dentro desse grupo tinha os três que eram os seus verdadeiros amigos. Quem diz que tem muitos amigos não tem nenhum. Amigos de verdade você tem que ter poucos, mas ter amigos diante dos quais eu possa rasgar meu coração. As piores máscaras que existem são as máscaras espirituais que criam corações mascarados. E corações mascarados, em pouco tempo tornam-se corações empedernidos, corações feridos e machucados. E a ferida lá de dentro não sai. Nós precisamos de pessoas, diante das quais nós podemos rasgar nosso coração. Isso eu preciso na família, na comunidade e eu preciso na igreja também.
Não acontece cura interior sem intimidade profunda. Amigo é aquele que eu posso mostrar a minha fraqueza. Cronologicamente falando, essa experiência de oração de cura interior de Jesus aconteceu na semana da sua morte. Muito provavelmente na quarta ou na quinta-feira santa. Como é que esse homem que assumia a missão de ser salvador do mundo saía convidando os discípulos a pregar o seu nome como o Senhor e Salvador. Inclusive entre os discípulos, aquele que ia assumir a missão de ser o seu sucessor. Jesus não tem máscara e mostra seu coração diante daquele que ia ser o primeiro Papa. É por isso que depois na cruz Jesus vai poder fazer oração de cura interior dizendo: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”. É também por isso que depois de ressuscitado vem fazer oração de cura interior no coração de Pedro. Jesus está nos mostrando que enquanto não entrarmos nesse processo de prostração... Quem não se prostra diante de Jesus, se prostrará diante do encardido, e é esse o desejo dele. Existem muitas pessoas prostradas na vida. Prostrar é deprimir, desanimar... Sabem por que ficamos prostrados? Porque não nos prostramos diante de Jesus.
Se abrirmos a bíblia, vamos perceber desde Gêneses, muitas situações de pessoas limítrofes. E qual é a atitude dessas pessoas? Prostrar-se em oração diante de Deus. Mas não uma oração fraquinha escondida lá no quarto. Quem quer experimentar a graça da cura interior não pode se esconder tem que tirar as máscaras.
Jesus embora não tivesse máscaras, teve que tira-las diante de Pedro, Tiago e de João. Talvez tenha sido pedagógico que Jesus tenha escolhido Pedro, Tiago e João para nos mostrar diante de quem ele se abriu.
Pedro, o único que o negou três vezes. Tiago e João receberam de Jesus o apelido de Boanerges. Que quer dizer: Filhos do trovão. Muitas vezes ficamos tristes porque alguém falou mal de nós. Jesus chamou os dois de filhos do trovão. Trovão é feio e assusta, seria uma ofensa grande. E para Pedro Jesus deu um apelido medonho. “Afasta-te de mim Satanás” Mt16. Mas foi diante dessa trinca medonha que Jesus três vezes se prostrou em oração. Parece até que as três vezes foram de propósito: sendo uma para Pedro, uma para Tiago e outra para João. Talvez por isso que Paulo escreve em Gálatas que as colunas da igreja são: Pedro, Tiago e João. Jesus se abriu com eles mostrando a sua angústia, e pior, parece que os três não se importaram com Jesus, pois dormiram as três vezes.
A primeira vez que Jesus se prostrou ele ficou uma hora. Tente ficar uma hora prostrado com a cara enfiada no chão. Jesus se prostra e abri o coração para o Pai. A dupla dimensão da cura interior. A cura interior se dá através das pessoas, pois enquanto eu ficar escondido com as minhas máscaras Deus não me cura. Não tem jeito de curar. Jesus praticou a cura interior abrindo-se diante dos três piores apóstolos nessa área. Chorou diante deles, desmoronou numa angústia suprema e rezou ao Pai. Abriu o coração, arrebentou as máscaras do coração dizendo: “Meu Pai, se possível afasta de mim esse cálice”. Jesus não foi para a cruz dando risadas não! Jesus veio para salvar o mundo e coerentemente com a sua vocação e a sua missão por amar muito o Pai e o mundo. “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo15, 1). Em conseqüência da coerência desse amor é que Jesus vai até o final e passa pela cruz. A chegada da cruz teve Getsêmani. Esse Jesus que quer dar a vida a mim e a você quer nos ensinar algo muito importante.
Se você é capaz de levantar às três horas da manhã para assistir um jogo da seleção que não muda nada na sua vida. Se você conseguiu fazer isso, é Deus dizendo a você que você vai conseguir até enfrentar uma seleção muito mais difícil. A seleção dos traficantes, a seleção dos “prostituidores”, a seleção dos “desempregadores”, a seleção dos “corruptores”. Tem um monte de seleção que estão sendo treinadas para jogar contra você. Guga foi o melhor tenista brasileiro, mas quando estava machucado não conseguia ganhar.
Você nasceu para ser o melhor do mundo. Não no sentido de ser melhor que o outro. Não temos que nos comparar com ninguém, mas nascemos para ser o melhor para o mundo.
Você tem que ser o melhor marido para a sua esposa. O melhor pai para os seus filhos. O melhor padre para a sua comunidade. O cristão tem que ser melhor para... Mas ele está parando de ser melhor, está com o coração ferido e machucado e por isso perde pra qualquer um que aparece na frente. A derrota está dentro de você, não está fora. Nós estamos carregando a derrota. Jesus está nos dizendo duas coisas fundamentais: Em primeiro lugar: Você tem verdadeiros amigos? Não estou falando de colegas nem de conhecidos que me aplaudem, e que puxam o saco. Isso é fácil. Quem diz ter muitos amigos, aqueles amigos de festa, só das coisas superficiais, só para a euforia... Quantos filhos chegam para mim e falam: “Ah pai, quando eu tinha dinheiro, carro, eu tinha sempre muitos amigos. Mas depois que eu me contaminei, quando eu fiquei sem nada, na hora que eu fui preso não apareceu nenhuma pessoa”.
Devemos louvar a Deus as situações difíceis em nossa vida, pois é nessa hora que sabemos quem somos para os outros. Por isso nunca peça para Deus tirar os problemas de sua vida. Peça sim a graça de superar os problemas.
Deus me deu uma imagem e que eu deixei evoluir. A imagem de um menino que depois de uma tempestade violenta, pela manhã, ele saiu na varanda da fazenda e gritou com o seu avô:
Vovô! Corre aqui, venha ver que interessante! Como é que o senhor me explica que essa figueira tão grande e forte, uma árvore dessa que precisava quatro homens para abraçar o seu tronco de tão forte que ela era, como é que essa figueira tombou vovô? O vento derrubou a figueira, mas como é que aquele pezinho de bambu tão fininho não caiu?
O avô colocou o netinho no cangote, levou-o até a figueira e mostrou a figueira.
_ Nossa vovô ela está oca!
_ É, com o tempo a figueira foi ficando oca.
_ Como? Não parecia!
_ É por causa da casca, meu filho! Tinha uma casca muito grande e escondia o oco. Você olhava a figueira e só via a aparência. Achou que era muito importante veio o vento e bummm...
_ É vovô, mas o bambu também é oco!
O avô levou o menino até o bambu e disse:
_ A primeira diferença: O bambu sabe que é oco desde pequeno.
Então a primeira coisa que o bambu nos ensina é que desde pequenos somos ocos. O que significa isso? Vazio para poder encher-se de Deus.
O bambu, sabendo que é oco e que é fraco, toma alguns cuidados. A segunda coisa que o bambu nos ensina é que nossa vocação é o céu. Todo bambu só cresce para o alto, ele sobe, você também. Ou você cresce para o alto ou a tempestade vai lhe derrubar. Eu preciso ter uma meta. E é no alto que está a nossa meta. Somos cidadãos do céu. Mas tem mais uma coisa: se ele quer crescer muito, precisa ter raízes profundas e por isso ele vai se alastrando. O tanto que o bambu cresce para cima ele vai também se alastrando na terra, fincando raízes profundas e vai brotando, enchendo em seu redor.
Em Bethânia eu tenho um bambu chinês que levou alguns anos começar a crescer. Ele leva muito tempo só criando raízes. E é nisso que o bambu nos ensina, que se eu quero chegar lá no alto, eu preciso ter raízes sadias e fortes. O que significam raízes? Raiz é aquilo que temos escondido.
A árvore, com o tempo vai envelhecendo, e as raízes começam a aparecer. Conosco também é assim. As raízes são os vícios que vamos escondendo. Eu tenho que deixar a graça de Deus penetrar em cada uma das minhas raízes. A raiz é minha fé solidificada e alimentada pela leitura contínua e constante da Palavra de Deus. A raiz é alimentada por um grupo que me sustenta e me fortalece.
O bambu ainda nos ensina uma quarta coisa: Se eu quero crescer para cima eu não posso criar galhos e por isso o bambu não cria galhos como a figueira. Criar galhos significa dispersar nossos dons e nossos talentos em coisas que não devem. Quantas pessoas se enroscam na vida porque estão sempre amarradas em alguém ou em alguma coisa. Quanto mais galhos eu tiver mais dolorosa será a poda. Os galhos são as coisas que vamos acumulando e se apegando. A maioria dessas coisas não precisaríamos ter, são apegos desnecessários. Quanto menos coisas a gente tiver, mais livre será.
Um sujeito foi procurar um mestre Guru para pedir ajuda. Chegando lá e casa dele era uma tenda. O mestre convidou-o a entrar, ele entrou, ficou olhando admirado, tinha um colchão no chão, duas cadeiras, duas pedras, em cima uma panela, mais nada. Ele ficou impressionado com aquilo, perguntou para o mestre onde estavam as suas coisas. O mestre deu uma risadinha e fez a mesma pergunta.
_ Ah, mas eu estou aqui de passagem!
_ Eu também.
Nós estamos aqui de passagem e se queremos crescer para o alto é preciso cortar os galhos. Crescer para o alto cortando as galhadas significa investir a minha vida, e isso vale para tudo. Quantas famílias estão cheias de dívidas e cheias de problemas porque não se unem. O bambu é oco desde pequeno, querendo crescer para o alto ele cria raízes profundas, e não cria galhos.
Se olharmos bem de perto para um bambu, vamos perceber uma quinta coisa que ele nos ensina, que são os nós. O bambu cria nó, e enquanto ele é mais frágil os nós são mais pertos um do outro. A partir do momento que ele vai ganhando resistência os nós vão se distanciando e ficando mais fortes. Os nós são os obstáculos e cada problema que eu supero na vida vai me tornando uma pessoa mais forte.
Se o bambu não tivesse nós, ele seria lindo! Parecia um cano de PVC, mas na primeira ventania ele racharia de cima até embaixo. É o nó que dá resistência ao bambu, é o nó que faz o bambu ser forte e firme. Cada nó significa um problema resolvido, um obstáculo vencido. Cada nó significa uma pessoa que eu perdoei. E cada vez que eu perdôo e cada jejum que eu consigo fazer significa um nozinho se formando e esse nozinho vai amarrando e dando consistência. Eu preciso aprender com os nós que significam dificuldades superadas. Problemas todos nós temos e precisamos aprender a assimilá-los e não fugir deles. O mundo de hoje nos ensina a fugir dos problemas, mas Jesus nos ensinou com sua pedagogia. Muitas vezes precisaríamos nos prostrar e chorar nossas mágoas diante do Senhor.
No livro de Samuel 1, temos uma oração linda de cura interior. Ana rezando, e quando o sacerdote pergunta se ela está bêbada, pelo jeito que ela rezava. Ela respondeu que não estava bêbada, pois não havia bebido nenhum tipo de bebidas, mas estava derramando a sua alma na presença do Senhor. E você derrama sua alma na presença de quem?
A nossa caminhada é feita de etapas e cada problema deve ser resolvido um de cada vez. Se você tiver trinta pratos para lavar, você vai ter que lavar um da cada vez. E cada etapa vencida precisa ser celebrada. A cura interior é um processo diário.
Ainda o bambu nos ensina uma sexta coisa que o avô falou para o menino.
_ Olhe aqui meu filho. Esse bambu está só?
A primeira coisa que o bambu faz quando começa a crescer é deixar o vento jogar sementes ao seu redor. Bambu cresce só em touça. E essa touça é muito grudada, porque nenhum deles tem galhos e por isso vão se grudando um no outro. Por isso quando olhamos de longe para uma touça de bambu, parece maior que uma figueira e essa touça é muito grudada.
Primeiro: Porque nenhum deles tem galhos.
Segundo: Todos eles têm raízes profundas.
Terceiro: Porque todos eles têm uma meta que é crescer para cima.
Quarto: Todos eles sabem que são ocos.
Quinto: Todos vão se grudando um no outro, porque aprenderam a fazer isso consigo mesmo. Quem aprendeu a superar os nós, sabe também se apoiar um no outro. O bambu se apóia em si mesmo pelos nós. Sabemos que problema superado é vitória garantida. Quem não consegue cortar os galhos, não consegue caminhar. Por quê as pessoas não conseguem viver em comunidade? Os galhos são aqueles melindres bobos que temos por qualquer coisa. É aquele emprego que você perdeu e fica o resto da vida se lamentando. Só não vive em touça quem tem galhos demais, porque o galho de um cutuca o outro.
A primeira coisa que o bambu me ensina é que nasci oco, e nasci oco para ser cheio do Espírito Santo.
O bambu nos ensina a ter uma meta, crescer para o alto, nossa meta é o céu. E para crescer para o alto é preciso ter raízes profundas, curadas e saradas. E para isso eu preciso cortar os galhos. E quais os galhos que eu preciso cortar? Os vícios, as vaidades, o exagero. E com isso transformar os nós em problemas superados e que vão criando a minha resistência. É aprender a viver em touça. E por sétimo o bambu nos ensina que em Deus tudo é perfeito.
O menino desceu do cangote do avô, o avô pegou um bambu, entortou até o chão, soltou e o bambu voltou ao seu lugar. Essa é uma grande lição do bambu. É ter a humildade de se curvar na hora da tempestade.
Todos nós precisamos nos curvar, e para nos ensinar isso o primeiro a se curvar foi Jesus no Getsêmani.
Jesus pediu ao Pai: “Se é possível afasta de mim esse cálice. Mas se não é possível que esse cálice passe sem que eu o beba, faça-se a tua vontade”. Na oração de Jesus ele saiu do desejo, do querer e foi para a vontade, e a vontade deve ser treinada, a vontade é na garra e na luta. Oração de cura interior é treinar a minha vontade para Deus. É ter a coragem de se prostrar e dizer: “Meu Deus! Eu preciso da tua graça. Meu Deus! Dai-me a graça de aprender com o bambu. De crescer em touça, de perder os galhos, as desnecessárias. Dê-me a graça Senhor de ser cada vez mais oco para poder encher-me do teu amor.”
Obs: transcrição conforme original de palestra realizada em acampamento na Comunidade Canção Nova
Fonte: www.bethania.com.br
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amo as palestras de amado e querido Pe léo!!!
ResponderExcluirdificilmente ouve-se uma palestra dele que não seja tocado pelo o Amor de Deus.
porem gostaria de saber sbre palestrsa dele que fale da sexualidade ou melhor sobre homexual,lesbianismo.
qual é a posição da egreja em relação???
precisamos ajudar essas pessoas ...
Que idéia maravilhosa essa Márcia! Eu já havia escutado varias vezes essa pregação do Padre Léo. Mas lhe garanto que me encantei mais ainda com ela escrita também. Parabéns pra você dessa idéia maravilhosa. Que o Padre Léo continue te iluminando para você nos ajudar a acreditar mais na vida, como um dom precioso de Deus. Onde o Padre Léo viveu harmoniosamente isso!
ResponderExcluirMuito linda essa pregação!
ResponderExcluirConheci Pe Leo há pouco tempo, pelo youtube. Me apaixonei perdidamente pela simplicidade de suas palavras, pela maneira que ele prega o amor de Cristo. Fico triste, por saber que ele sofreu tanto com o cancer. Mas tenho certeza que ele está com Deus agora e creio que ele intercede por seus filhos aqui. Eu, você e todos de bethânia...bjos
Aninha