Natureza errante!

Olá irmãos amados, que a paz de Cristo esteja com todos vocês!!!

Muitas vezes paramos para nos questionar e até mesmo a Deus, porque de fato continuamos vivendo uma vidinha mais ou menos, ou porque Ele não cumpre as promessas dele logo... fazemos várias perguntas como essas, muitas vezes ou na maior parte das vezes projetando a responsabilidade disso tudo aos outros, as situações e a Deus.

Hoje gostaria de partilhar com vocês algo que considero um dos motivos pelos quais nós não conseguimos "vivenciar" em nosso coração, em nossa alma a misericórdia de Deus!

Como nós nos mascaramos para nós mesmos, pegamos o hábito também de mascarar aquilo que sentimos, tentando enganar a nossa própria natureza. Muitas vezes agimos como fariseus, a começar por querer negar uma natureza errante que todos nós temos. Temos um lado nosso que é ruim, é pecaminoso, é tendencioso ao erro. Nós queremos negar isso, tornamos isso inconsciente, mascaramos nossos pecados, nossos erros, projetamos, tiramos toda a responsabilidade que é nossa.

Primeiro passo para mudança disso, é reconhecer que somos humanos, que temos uma natureza que tendencia pro lado ruim. Enchemos a boca pra dizermos: "Somos humanos, somos pecadores", mas lá no fundo do coração, mascaramos isso, até queremos convencer a nós mesmos que não somos, que não erramos, que os erros que os outros cometem, nós não cometemos.

Isso é uma atitude farisaica, mesmo que inconscientemente. Muitas vezes o erro que o outro comete, ou o temperamento que ele tem, os seus gestos, nada mais é do que as mesmas coisas que nós temos, cometemos e fazemos. Por isso muitas vezes julgamos, condenamos, e isso de forma toda puritana. Tratamos os outros de forma grosseira, para esconder nossas fragilidades, nos passamos por heróis, para esconder as nossas angústias, medos, inseguranças.

Então meus irmãos precisamos aceitar que podemos pecar, podemos errar, podemos machucar alguém, isso faz parte de nós. E se existe em nós, é porque tem alguma serventia, é para manter o nosso equilibrio existencial. Quando negamos tudo isso em nós, mesmo que de forma inconsciente, é como uma semente que de alguma forma gerará frutos. Por isso muitas vezes não entendemos por que agimos de algumas formas.

São reflexos daquilo que está lá no nosso inconsciente, e nós não sabemos, por que trancamos isso tão bem trancado, que não sabemos mais como abrir. Esse é um dos empercilhos para alcançarmos a cura do nosso coração, a cura de nossos traumas, de nossos medos. Esse é um dos motivos porque há muita gente está na Igreja e não consegue vivenciar o amor de Deus e continua com uma vidinha meia sem graça, ou muito atribulada, repleta de angústias.

Dessa forma jamais conseguiremos vivenciar, a misericórdia de Deus. Pois só consegue vivenciá-la quem se reconhece como pecador. Nós só poderemos alcançar a misericórdia de Deus se nos reconhecermos pecadores, a misericórdia é para quem erra, para quem peca, mas é preciso muita coragem para de fato assumirmos que erramos e isso nós não queremos assumir. Não assumimos porque é mais fácil continuar com nossas dores, nossas angústias, alimentando nossos medos, do que arrancar as nossas máscaras, abrir o nosso coração para Deus e clamar pela sua misericórdia.

Isso satisfaz e alimenta nosso ego mesquinho. Ele é o grande responsável pelas atitudes farisaicas que nós temos, ele é o gerador disso tudo. Reconhecer-se pecador, não é levantar a bandeira do pecado, ou sair por aí pecando como bem quer e bem entende, não! Reconhecer-se pecador nada mais é do que reconhecer a nossa própria natureza, bem como reconhecer que também temos a natureza de amar, bem como reconhecer as nossas potencialidades. Só é capaz de "vivenciar" a misericórdia de Deus, que é capaz de vivenciar a própria humanidade, o próprio pecado.

Muita gente adoece, adquire cânceres emocionais devido a muitas sentimentos, ressentimentos, angústias, pecados reprimidos. Não precisamos reprimir nada para sermos santos, para sermos de Deus, pelo contrário precisamos entender o que sentimos e aprender a administrar. Nós só seremos capazes de alcançarmos a cura interior, a misericórdia infinita de Deus, quando tivermos a coragem de arrancarmos as nossas máscaras, sem isso jamais conseguiremos ter uma verdadeira experiência de amor com o Cristo!

E para finalizar uma frase de uma música:

"Saibas que todo teu pecado, em toda tua vida. Foi uma pequena gota, que se derramou no mar da misericórdia infinita de Deus. Quem poderá dizer, que ela existiu? Foi uma pequena gota... o mar a consumiu." (Misericórdia infinita - Walmir Alencar / Marcelo Braga)

Precisamos mergulhar nesse mar infinito que é a misericórdia, que é o amor de Deus...

Abraço fraterno...

Jonathan Melo 02.09.2010
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