Conversando com o mais Gentil dos Josés

Olá meus amados irmãos, para quem gostou da primeira conversa, acredito que gostará muito mais da continuação... vamos lá? Antes vou colocar aqui o link da primeira conversa:


Primeira conversa: http://www.padreleoeterno.com/2012/02/conversando-com-o-mais-gentil-dos-joses.html


Jonathan Melo: Olá José, a paz a você irmão, faz um tempinho que conversamos não é? Vamos continuar? 


 01. Na última pergunta você falou que conheceu a droga, então gostaria que você me falasse um pouco de como foi que você conheceu. Como você chegou a ela, quais foram os tipos de influência que o fizeram experimentá-las? Mas muito mais importante do que isso, Gostaria de saber como você se 'sentiu' usando drogas. 


José Gentil: Olá, Jonathan querido, Eu já estava com saudades de você, sabia? [Que bom irmão, eu também estava...]


Mas vamos à pergunta que você fez: Eu conheci as drogas já no Rio de Janeiro com 17 anos. Naquela época, lá pelos idos de 1986, eu trabalhava em um bar restaurante na zona norte do Rio e comecei a sair com os amigos depois do expediente. 


Na verdade, comecei bebendo com eles e depois por curiosidade experimentei a cocaína que passou a fazer parte de minha vida a partir de então, e pelos próximos 17 anos. A cocaína passava para mim uma sensação muito grande de euforia... Ou, uma mistura de alegria e bem estar muito grande, como eu era tímido, quando me drogava me sentia poderoso e até com inúmeras qualidades. 


Todavia, toda essa sensação de bem estar demorava muito pouco, e logo era seguida por uma depressão tão profunda, que eu chegava mesmo a perder o interesse por tudo aquilo que eu gostava, além de ficar irritadíssimo. Então, era preciso estar sempre drogado. 


Jonathan Melo: Nossa José, nunca vi uma situação dessa de perto, posso até compreender, mas de fato nem tenho noção do quanto isso deve ser terrível. E gostei quando você usou a palavra euforia, me fez lembrar uma pregação do Pe Léo [A alegria é diferente da euforia], onde ele explica muito bem esse conceito e nos mostra qual é a verdadeira alegria.


 02 . Para você o que foi mais terrível quando adentrou nesse mundo? Como seus pais reagiram a tudo isso? 


José Gentil: Graças a Deus, meus pais morreram sem saber que eu era dependente, isso porque eu sempre morei com uma irmã mais velha que sempre fez o papel de minha segunda mãe. Essa minha irmã “tadinha” foi quem sofreu todo o “baque”, porque morei com ela dos 17 até os 29 anos quando sai de casa. 


A pior coisa para mim quando comecei a usar cocaína foi que nunca mais terminei aquilo que começava: começava um namoro, deixava pela metade, abandonei a escola, abandonei os cursos, as academias de ginástica etc. Na verdade a droga é absolutamente excludente e egoísta! 


Jonathan Melo: estou adorando sua sinceridade e profundidade, com certeza nossas conversas serão riquíssimas de humanidade. Pelo que você descreve já estou ansioso para quando chegarmos no momento em que você se decidiu por Deus e também de quando conheceu o Pe. Léo [ansioso, risos].


 03. Como ficou sua vida quando estava nas drogas, ou seja, quais atividades você fazia quando não estava se drogando? 


José Gentil: Ainda morei dez anos com minha irmã, e sempre usando cocaína. Mas nesse período eu ainda trabalhava. Só que chegou uma hora que eu não consegui mais dar conta, não consegui mais administrar a droga, foi quando deixei de trabalhar e comecei a roubar inclusive as coisas de dentro de casa para me drogar. 


Não estou lembrando aqui o mês, acho que setembro de 1997 (faziam uns dez dias mais ou menos que a princesa Diana da Inglaterra tinha morrido), que eu peguei sete mil reais de minha irmã e fui embora. Daí sim, fui morar nas ruas e conhecer o submundo na sua forma mais degradante.


Jonathan Melo: com simples perguntas você conseguiu abrir várias janelas para conversas que com certeza serão canais de muita cura e de força para cada um de nós encararmos nossas próprias fragilidades e humanidades... Vamos continuar em outro dia? Preciso digerir tudo isso com calma...


José Gentil: Valeu Jonathan, conversaremos mais na próxima semana, Beijos eternos...


Jonathan Melo: Obrigado por tudo José, que Deus o abençoe com toda sua misericórdia infinita. Abraços fraterno...


Abraço fraterno a todos...
Jonathan Melo 20.03.2012
Compartilhe:

3 comentários:

  1. Não sei se o José Gentil gosta, mas sou fan dele. Gosto de tudo que ele escreve e o amo em Jesus pelo seu exemplo de vida e superação.
    Deus lhe pague meu irmão, por esse exemplo de homem de Deus que você é.
    Ana Cristina Almeida
    Rio de Janeiro - RJ

    ResponderExcluir
  2. PE. LÉO ETERNO.MUITO,AMEI ESSA PREGAÇÃO, COMO TODAS,MUITO OBRIGADA PELA AS PALAVRAS Q. ENTRA NO MEU CORAÇÃO.
    DEUS ABENÇÕE VCS.

    ResponderExcluir
  3. JOSÉ GENTIL....MEU QUERIDO. AGORA VOCÊ DEU UM NÓ NA MINHA CABEÇA..VAMOS LÁ. ALGUMA COISA ESTA ERRADA OU EU ESTOU POR FORA..SE VOCE PEGOU 7.000 REAIS DE SUA IRMÃ EM 2007 (SETEMBRO) E O PE. LÉO FEZ SUA PASSAGEM NO DIA 04.012007, COMO É QUE FICA A SUA CONVIVÊNCIA COM ELE? TEM ALGO ERRADO AÍ QUE EU GOSTARIA DE ENTENDER. AJUDE-ME POR FAVOR. SOU FÃ DOS E-MAILS QUE VOCÊ ESCREVE...LEIO E RELEIO VÁRIAS VEZES...DESCULPE-ME.....BEIJOS A TODOS.....E OBRIGADO........CARMINHAPELEO@HOTMAIL.COM

    ResponderExcluir

Os comentários são moderados antes da publicação no blog. Comentários anônimos não serão publicados.
Deixe seu nome ao final do comentário.

Comente este Artigo.
Quer entrar em contato conosco? Clique Aqui

O Blog Padre Léo Eterno agradece sua participação.
Deus lhe abençoe!

Arquivo do blog

Postagem em destaque

Blog Padre Léo Eterno estreia podcast no Spotify

Um novo canal para a evangelização! Estreou neste sábado (25.jun) o podcast Padre Léo Eterno, com o intuito de ampliar os canais de evangeli...