A doença pode ser grave ou se tornar menos grave, pelo modo como reagimos diante dela. A história de Philip teve um final diferente porque confiou em Deus.
Em seu texto ele diz que a doença faz parte da condição humana, onde “o nosso sofrimento pode ter grande significado se tentamos uní-lo à Paixão de Cristo e oferecê-lo pela conversão ou intenção dos outros”.
O sofrimento quando acolhido na paz transforma-se em sofrimento redentor.
Trago aqui um trecho do depoimento do Dr. Roque Savioli, por telefone com Nelsinho Corrêa, no velório do padre Léo:
“Durante o período de sua doença para mim foi impressionante, foi um crescimento, uma graça de Deus. Tudo o que eu li nos livros como encarar o sofrimento, eu pude presenciar de perto na vida do padre Léo, quando a gente vê os sofrimentos dos santos, aquela entrega, eu via no padre Léo”.
“Um dos dias mais difíceis de minha vida foi quando tive que contar a ele sobre a sua doença. Na verdade, na grande maioria, a pessoa que tem esse tipo de câncer, morreria em três meses e ele repetiu o que me disse, durante a pregação na Canção Nova: ‘Roque, quero aproveitar todos os momentos desse câncer, porque daqui sairá um homem novo, um homem diferente’. Aquilo me tocou demais. Realmente tem um sentido o sofrimento, todos nós crescemos”.
Olhando para o imenso oceano de desafios, padre Léo viveu inteiramente pela fé, e lançou-se confiante nas mãos de Jesus, superando todas as dificuldades da radioterapia e da quimioterapia. Viveu momentos de pleno deserto, mas também de profundo abandono em Deus. A doença provocou nele fortaleza e amadurecimento espiritual.
Esperar em Deus, viver em Deus é sentir a sua presença amorosa, mesmo que esteja atravessando o vale tenebroso da doença. Junto ao Senhor as forças se renovam para atravessá-lo. Viver não é só passar pela vida. A vida não vale nada sem Deus, porque o que vivemos aqui continua no céu.
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