Ao longo de nossas vidas nos acontecem coisas, as quais mudam
radicalmente o nosso cotidiano, para que possamos ajustá-lo à uma nova
realidade. Deus acolhe esse tempo novo, para nos dizer que a noite se adianta e o dia se aproxima, portanto, devemos nos revestir do Senhor Jesus, a fim de nos prepararmos para o dia de nossa salvação.
Com a descoberta de uma doença incurável, buscamos respostas. São
interrogações que nos afligem. Porque o sofrimento e a morte de uma pessoa como
o padre Léo? Queremos uma resposta que abrange todo o sentido de nossa vida
aqui nesta terra, pois nossa existência não se resume somente em nascer, viver,
amar, lutar, e morrer. Se morre como se vive.
Padre Léo foi até o seu limite,
com a angustiante incerteza absurda de sua morte. Restavam-lhe apenas duas
alternativas: Passar os dias desesperado, com medo, "mergulhado neste vale doloroso", ou colocar toda a sua
confiança nos braços do Senhor, lançar-se nesse abismo de incertezas, num
grande salto de fé. Um dia após o outro ele percebeu que o seu sofrimento era
inevitável e irreversível, percebeu também que isso o ajudaria no seu crescimento espiritual.
A vida é dom de Deus e devemos nos entregar a Ele, para que se realize seu
propósito em nós. O padre descobriu que somente em Deus, numa conversão diária,
encontraria a paz que tanto precisava. Viveu o que escreveu em seus livros, o que
pregou muitas vezes para nós . Do seu interior brotou uma força incompreensível
que nasceu da comunhão com Deus. A condição para fazer parte do Reino do céu é
nascer novamente e do alto (cfe. Jo 3,3). Trata-se de uma vida nova superior à
natural, que exige uma Graça nova e sobrenatural. É a mudança da vida velha
para uma nova vida de obediência e abandono em Deus.
Padre Léo viveu, durante o seu calvário no hospital, um tempo novo.
Muitas vezes o Senhor nos leva ao deserto, para iniciar com Ele um novo
relacionamento, que se dá por meio da fé. Ali começou uma nova história. Do seu
horizonte desértico, ele viu algo muito real, um mundo cheio de esperança e da
misericórdia de Deus. Percorreu um caminho espiritual para renovar, restaurar,
iluminado pelo Espírito Santo.
Diz em seu livro: Buscai as coisas do alto: “É preciso olhar para o alvo,
para a meta, para onde ele nos aponta, e acolher o novo de Deus”. Correr em
direção a meta é olhar para Jesus como exemplo de confiança em Deus, de entrega
total, de dedicação à vontade de Deus. Correr em direção à meta é penetrar o
invisível, o novo de Deus. É viver com a esperança da Vida Eterna, é olhar além
do que o mundo nos oferece. É vislumbrar um novo horizonte. É viver a esperança
da glória.
Quando aprendermos a olhar além do nosso mundinho medíocre, só então,
começaremos a enxergar um novo horizonte.
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