Santidade vivida na tribulação

Essa é uma lição que podemos aprender com o testemunho de Alexandre de Oliveira, missionário da Comunidade Canção Nova, quando de sua visita ao padre Léo no hospital.

"Fui ao hospital dar-lhe um abraço. Estava ali, sentado na cadeira, fragilizado e vi o Eto contemplando o amigo Léo. Aí eu percebi o que Deus estava fazendo, o processo de moldar aquele barro, formando-o, preparando-o para o Reino".
Deus, o oleiro, amassa o barro, tira as impurezas, para chegar à perfeição. O Senhor fez isso com o padre Léo durante a sua enfermidade. Seu corpo sofreu para que sua alma ficasse purificada, para o encontro com o Senhor. O sofrimento é santificador. Suportou a dor e o sofrimento da doença, submeteu-se à vontade de Deus  e continuou fiel a Ele.
A partir do diagnóstico do câncer, padre Léo trilhou um caminho de fé, de amor, de confiança em Deus, para viver só para Deus.

"Beijei a mão do padre e para quebrar o clima eu disse-lhe: ‘E o Vasco, padre?’, brincando como nos tempos antigos. E ele me respondeu: ‘Oh, meu filho, eu já não acompanho mais essas coisas’. Fiquei quieto porque ele estava falando das coisas do alto".
É necessário entender os planos do Senhor, para as nossas vidas. Deixar nossos projetos é perder tudo quanto sonhamos, apartar-se das coisas do mundo. É difícil? Sim, só os santos conseguem.
 
"... eu já não acompanho essas coisas". Não havia mais nenhum interesse pelas coisas do mundo, pois a sua alma já estava em Deus. É o desejo de encontrar-se com o Amado, por isso mantinha-se sereno, indiferente a tudo nesse mundo. Quando a alma do homem se volta para Deus, o seu corpo se ilumina e aí podemos ver a imagem e semelhança de Deus. Esse foi o semblante do padre Léo, que o Eto contemplou. Caminhar na santidade é se assemelhar a Cristo.

Padre Léo viveu o que escreveu em seu livro: “Buscai as coisas do alto”- capítulo: “É preciso buscar a meta”, quando vai nos dizer que a nossa meta, nosso alvo é Jesus. Devemos fixar nossa mente nas coisas lá de cima, na busca das coisas espirituais, para que nossas atitudes sejam determinada por elas.
“Agora me alegro nos sofrimentos suportados por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo em minha carne, por seu corpo que é a Igreja”  Cl 1,24. Todos nós somos chamados a completar os sofrimentos de Cristo em nossa carne, para estender em nós a sua grande obra da Redenção.
Aquele que sofre, mas vive em comunhão com Deus, a exemplo do padre Léo, é transferido deste mundo para o paraíso celeste. Viveu inteiro em Cristo Jesus e se entregou até o fim. “...Cristo em vós, esperança da glória”(Cl 1,27b).







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