WikiPeLéo - Pregação “Música que cura e liberta”

Evento: Acampamento para músicos
Local: Comunidade Canção Nova 
Data: 15.11.2005
Horário: 9 horas
Palavra de Deus para essa pregação está em Samuel 16, 14-23:

“O Espírito do Senhor retirou-se de Saul, e um espírito mau veio sobre ele, enviado pelo Senhor.

Os homens de Saul disseram-lhe: Eis que um mau espírito de Deus veio sobre ti.

Que nosso senhor ordene, e teus servos aqui presentes procurarão um homem que saiba tocar harpa e, quando o mau espírito de Deus estiver sobre ti, ele tocará o instrumento para acalmar-te.

Está bem, respondeu Saul, procurai-me um bom músico e trazei-mo.

Um dos servos declarou: Conheço um filho de Isaí de Belém que sabe tocar muito bem: é valente e forte, fala bem, tem um belo rosto, e o Senhor está com ele.

Saul mandou mensageiros a Isaí, para dizer-lhe: Manda-me o teu filho Davi, o pastor.

Isaí tomou um jumento carregado com pão, um odre de vinho e um cabrito, e mandou esses presentes a Saul, por seu filho.

Davi chegou à casa do rei e apresentou-se a ele. Saul afeiçoou-se a Davi e o fez seu escudeiro.

Mandou então dizer a Isaí: Peço-te que deixes Davi a meu serviço, porque ele me é simpático.

E sempre que o espírito mau de Deus acometia o rei, Davi tomava a harpa e tocava. Saul acalmava-se, sentia-se aliviado e o espírito mau o deixava.”





Padre Léo, ao finalizar a leitura diz que, ao saber por Mari o tema da pregação que iria fazer, logo pensou nesse texto bíblico.

“Com todos os avanços da Ciência, hoje, nós podemos afirmar sem medo: a música é o mais revolucionário e eficaz instrumento de cura e libertação ou de doença e opressão. O mundo sabe disso! O mundo sabe o valor da música! Por isso investe-se tanto em música. Tenta lembrar, por exemplo, uma novela, um filme ou comercial de televisão que não tenha uma música tema! Gasta-se fortunas! Contrata-se grandes compositores! Aliás, muitos compositores do Brasil e do mundo vivem em função da produção de trilha sonora pras novelas, filmes, comerciais de televisão. Com um objetivo bem simples: fazer fixar uma ideia! 

O nosso inconsciente capta tudo que nos acontece. Qualquer som, qualquer barulho, o inconsciente imediatamente ouviu... Ele grava. Grava, mas ele não pode deixar isso no consciente, senão o consciente estouraria. Ele logo manda para o subconsciente. Você já experimentou isso com música. De vez em quando você levanta, e uma musiquinha (pior que, às vezes, uma musiquinha bem ruinzinha), fica na sua cabeça o dia inteiro.  

Aonde a vaca vai, o boi vai atrás. Aonde a vaca vai, o boi vai atrás.




Você não quer nem pensar. Passa um pouquinho e você está lá, cantarolando! Por quê? Porque ela está fazendo essa passagem do consciente para o subconsciente. E aí vem um agravante sério: você começa a cantar com a sua voz. Você começa a falar. Ao falar, qualquer musiquinha que seja, você está de novo jogando no seu ouvido.  Como a música já está lá, alinhada no consciente e no subconsciente, na medida em que você canta (ou escuta de novo) ela vai inteira para o inconsciente. E depois que ela foi para o inconsciente, acabou.

A Ciência sabe: o inconsciente humano, depois que ele registra um dado, nunca mais pode ser deletado. Você pode trabalhar isso! E eu estou convicto de uma coisa, com tudo que eu li de Neurolinguística, de Psicologia Moderna, as doutrinas (principalmente alemãs e norte-americanas) sobre a felicidade, que o Dr. Klein traz naquele livro A fórmula da felicidade... Eu estou cada vez mais convicto de uma coisa: o único jeito de intervir no inconsciente de uma pessoa é através da cura interior.




Eu não acredito em nenhuma terapia. As terapias, por melhores que elas sejam, elas ajudam a abrir caminho. Mas elas não têm o poder (e é a própria Ciência que diz isso) de tirar uma marca do inconsciente.  Elas não têm o poder de tirar uma informação que foi lançada no inconsciente. 

A Bíblia, principalmente nesse texto, está nos dando uma técnica de cura interior, que é você colocar agora, por cima dessa experiência negativa, uma experiência positiva. 

Com certeza foi o Espírito Santo que iluminou esse servo de Saul pra dizer pra ele: Manda chamar alguém que seja bom músico para que na hora que você for tomado por esse espírito malígno... Olha, gente, está falando do rei. O primeiro rei de Israel! O homem mais importante da história até então... 




E aqui nós também temos um ensinamento maravilhoso: nós ( principalmente nós, padres), e vocês, jovens ministros de música, precisamos nos convencer! Porque a gente acha que por ser padre, que por ser ministro de música, que por ser já um cantor conhecido, por ser uma cantora conhecida, que já vendeu não sei quantos CDs, por ser um instrumentista de renome, a gente acha que não pode mostrar as próprias fraquezas. É aí que a gente dança!

Podia fazer uma pesquisa, estilo aquela de ontem, que nós fizemos, mais um pouco mais científica: alguém lembrar-se de uma banda, por exemplo, uma, só uma, que tenha permanecido a mesma depois que gravou o primeiro CD. Eu não conheço nenhuma. Nem a minha. Enquanto está preparando o CD, que maravilha: 




Irmão! Glória a Deus! Aleluia! E reza... Não é assim, Nelsinho? É verdade! 

Todo mundo dá o seu melhor. Faz economia. Vende pastel na rua. Vende isso, vende aquilo... Faz coleta pra juntas o dinheiro. Aí grava o CD. Aí vem a “síndrome do CD gravado”... Porque a pessoa passa uma semana no estúdio, gravando, e sai de lá achando que é a maior especialista em música que esse mundo já teve. Beethoven, nem antes de ser surdo, não sabia tão bem quanto essa pessoa. A pessoa se reveste de um orgulho musical: 

Eu gravei um CD!

E começa agora, na conversa dela, a falar... Ela vai tocar na Missa (com aquela caixinha que o Nelsinho treinou muito) e pede assim: 

Por favor, me dá um reverb aqui. Não, falta uma impedância no som. Não tá claro pra mim.

Ele já se sente o rei. Ela já se sente a rainha. 

Aí sai o CD. Normalmente essas bandas vendem aí uns 400, 500 CDs... Os outros 500 já ficaram lá, entalados. Porque a família da gente, por maior que seja, não tem dinheiro pra comprar tudo, não é? E aquela música que você acha a coisa mais linda do mundo... 

Você nota bem: o campo da música é o campo dos equilíbrios fáceis. Normalmente vem uma pessoa, quando a gente tá viajando ou pregando um congresso... Ela vem com um cdzinho gravado, um envelope, e diz: 

Olha, aqui tem umas músicas que eu fiz, mas são lindas, lindas! Músicas inspiradíssimas que o Senhor me deu e eu queria que o senhor escutasse.

Mas ela já garantiu que são lindas e maravilhosas. Que nunca na Terra foi feita uma canção tão bela feito a dela! Toda pessoa tem essa síndrome, a síndrome do CD gravado.

Começam as briguinhas. Começam a brigar no show! Porque é impossível você reproduzir depois no palco, com as dificuldades normais de um palco (por melhor que ele seja), aquela qualidade técnica do CD, onde tem tudo marcadinho, até o tempo tá lá: “tuc, tuc, tuc...” E o rapazinho tá lá atrás daquele “aquário” lá, feito um peixinho, olhando pra gente e dando sinal... Você não tem mais isso. Você perde isso. Aí começam a brigar.  E como perderam aquilo que segurava, que é a espiritualidade... O músico sem espiritualidade é uma tragédia, porque o mundo conhece muito bem as desgraças. 

Vocês sabem muito bem: os grandes músicos do mundo são grandes músicos! Escute um show de rock, os guitarristas tocando, que coisa espetacular! O que eles são capazes de fazer com o instrumento! Ah se a gente tocasse daquele jeito! São homens e mulheres excepcionais, só não têm esse outro lado (que nós também perdemos)... 

Eu tenho observado isso. Eu já vi nessas andanças Brasil afora (nos últimos 20 e poucos anos, quando surgiu o CD)... Eu não quero ser exagerado, mas eu já vi uns mil CDs sendo lançados. Tem dia que lá em casa me dão uma pilha assim... Todo mundo grava o seu. Mas engraçado, 99%, pra não dizer 100% (porque eu não conheço nenhuma, nenhuma)... Eu queria conhecer uma: “A nossa banda gravou um CD já faz três anos e continua com a mesma formação.” Queria conhecer! Aliás, pode marcar com a minha produção que nós vamos fazer um programa especial sobre isso! Tem que trocar um, trocar outro. Começam as briguinhas de ego. E se há uma coisa certa na música é: um músico cheio de si dá dó! Entendeu, Sapo? A primeira e a última (nota). Quando você acha um músico cheio de si mesmo, que se acha o máximo, ele não tem mais conteúdo. E uma coisa interessante: quando a pessoa vai perdendo a unção, ela vai perdendo também a técnica. Há uma íntima relação entre técnica e unção. Porque o que faz a pessoa ir atrás da música, o que faz pessoa treinar, o que faz a pessoa repetir, repetir, repetir, é a iluminação e a inspiração espiritual.




“A grande inspiração da música... Inspirar é jogar lá pra dentro pra depois.... Você vai gestar a canção aqui dentro. O processo da canção tinha que ser esse para todo mundo. 
Primeiro você concebe a música a partir de uma ideia, a partir de uma imagem, a partir de um texto bíblico, a partir de uma pessoa, a partir de um acontecimento. Primeiro é o silêncio. Aliás, a Bíblia mostra isso com muita clareza. Antes de Deus dizer: Faça-se a luz, houve um silêncio. Foi um silêncio que gestou essa ordem criadora de Deus. E por isso que a música vai aparecer já em Gênesis 4, logo no início da Bíblia. Já tem lá o Jubal, que parece mais um hallel, que é o pai da música. 

A música primeiro tem que ser silêncio. Não acredite em músico que não faça silêncio. Não acredite em músico que já entre em casa, no quarto, e já tem que ligar o som. Não acredite. Esse não é um bom músico. O bom músico precisa assimilar no inconsciente. Aquilo que nós chamamos a memória da pele, que fica gravado no mais íntimo e que eu vou renovando, que eu vou realimentando. É treino. E todos nós sabemos: todo tipo de treinamento é difícil.”

“Tem gente que se não tiver público para aplaudir não toca.”


“Que tipo de música eu tenho gravada no meu ouvido e no meu coração? Que tipo de música de vez em quando eu estou cantarolando? Eu estou revivendo? Que valores essa música passa? Se você se alimenta de música de cura, você vai ser uma pessoa curada. O ser humano é feito pelo ouvido. O ser humano é aquilo que ouve.”


“O que eu escuto me levanta ou me afunda. O que eu escuto cura, restaura ou me joga no fundo do poço.”




“Na hora que você começa a cantar, você nunca estará sozinho. Nunca! Ou o encardido ou o seu Anjo da Guarda vai cantar com você. Quem tem cantado com você? Que parceria você tem tido? Eu sinto muito, mas alguns de vocês  não é o Anjo da Guarda que tá cantando não... Ele nem tá chegando perto! Ele tá com dedinho, lá, assim, a guitarrinha dele debaixo do braço, a harpinha dele lá... Tanto que ele queria cantar com você! Mas esse tipo de música que você canta: Só as cachorras... Oh! Anjo não canta isso não! Anjo não canta essas músicas de funk que as mulheradas ficam todas peladas e os homens também! Essas batidas que, inclusive, hoje sabemos, eu eu, por experiência, não minha, mas de filhos meus: o princípio ativo de muitas drogas hoje é a música. Essas drogas sintéticas, ace, ecstasy, essas drogas feitas em laboratório, o princípio ativo... Essas que as pessoas usam nas raves, que passa 10, 12, 15 horas, final de semana inteiro cantando e todo louco lá... As luzes também estroboscópicas trabalham isso. Luz e o ritmo. Até porque aquela luz tem ritmo. Vocês sabem que a música não é só barulho. A dança das luzes, ou a dança das àguas, por exemplo... Em São Paulo, tem lá no Ibirapuera aquelas luzes, aquelas àguas que dançam, de vez em quando eles ligam lá. Até algumas vezes já apareceu na abertura da *Tenda,  aquilo é música. É ritmo, pode ver, observe! É música da natureza. É ritmo da natureza!”



“Quem não quiser fazer silêncio não vá lá em casa fazer retiro. Porque é tudo assim: na hora de cantar música animada, alta, que a gente nem consegue escutar o instrumento... É aquela berreira, pula, E o Senhor é Rei... Na hora que é pra fazer silêncio, pra ouvir uma profecia, é gente andando pra um lado, é gente andando pro outro... É gente conversando. É gente atendendo celular. Perdeu a dimensão do silêncio para ouvir qual canção se executa na minha mente, no meu coração, na minha alma. Que tipo de música eu tenho gravado no meu inconsciente? E na medida em que nós alimentamos o consciente... Agora, começa-se a alimentar pelo consciente! Daí a necessidade de uma trilha sonora. E hoje tem! Hoje, na Igreja, não se tem desculpa! Você tem trilha sonora para tudo quanto é gosto. Você tem gente que canta para todos os tipos diferentes de música.”

“Escolha a música que vai ser a trilha sonora na sua vida. Deixa essa canção entrar pelo seu ouvido. E por isso a importância do silêncio no ouvir. Presta atenção na letra!

Gente, pra que esse povo faz música demoníaca, e os jovens cantam essas músicas demoníacas... Música a favor do aborto. Música a favor da eutanásia. Música a favor do sexo homem com homem, mulher com mulher. E a pessoa canta porque não presta atenção no que está cantando. E não é só em outra língua não! Porque lá eles cantam também e não sabem o que estão cantando. Vão no embalo. Vão no ritmo. Vão na onda.”

“Eu já tive a experiência, e já testemunhei aqui, com a presença do **Nelsinho, o que a música dele fez em mim quando eu passei pelas experiências de perda de pessoas muito próximas a mim. Como aquela música sustentou! Aquilo que o Nelsinho canta na música Quem me segurou foi Deus, eu posso dizer que Deus me segurou através da música. E segura! Segura você também! É preciso criar uma trilha sonora.”

“Gente, não daria para falar da música sem falar da Igreja. E mais: da Igreja Católica! Assuma um valor que é seu. Se nós temos a música como grande patrimônio cultural, educativo e pedagógico da humanidade, é graças a Igreja.”


“Quem não gostar de música vai fazer o que no Céu? Se lá os anjos vivem dançando o tempo todo, por toda a eternidade cantando os louvores do Senhor?”




“O músico precisa ser místico. Músico que não tem mística é um executador de som. Ele é um reprodutor de som. Mas ele não cresceu porque faltou o silêncio. Silêncio pra gestar!”

“Tudo aquilo que existe de concreto na vida, todas as coisas foram primeiro gestadas no coração.”


Padre Léo fala que Saudosa Maloca, música de Adoniram Barbosa, é aula de cura interior. 

Padre Léo fala que Romanos 11, 29 é o versículo que ele mais citou na vida em seus anos de pregador. 

Eu queria ter conhecido pessoalmente Adoniran. Os senhores e as senhoras que devem lembrar do Adoniran, deveriam se perguntar: que valor tinha Adoniran Barbosa pra fazer música de tanto sucesso? A voz dele era horrorosa! A minha é umas 600 mil vezes melhor que a dele! Ele tinha uma voz rouca. Ele não tinha pronúncia, ele emendava as palavras.  Ele não sabia tocar instrumento nenhum. Quase todas as músicas que Adoniran fez, ele fez com uma caixinha de fósforo na mão. E no entanto, de onde vem essa capacidade de transformar desgraças, tragédias, em coisas lindas e maravilhosas? 

Eu queria achar um compositor… Eu estou falando pra vocês: eu queria encontrar um compositor católico que retomasse Adoniran Barbosa e fizesse, numa linguagem espiritual, a mística da cura interior que ele nos mostra.




Ele transformava tudo em canção. Ele não ficava remoendo. O amigo dele convidou pra ele ir no samba, lá no Brás. Gente, quem conhece São Paulo sabe, o sujeito morar no Jaçanã, e ir pro Brás, naquela época, atravessando os brejos onde hoje é o Parque Dom Pedro, por exemplo... E chegar lá, o Ernesto não estava lá! Se fosse você? O que você faria? Ele fez samba! 

Isso não se faz, Ernesto. Nós não se importa... Você podia ter botado recado na porta. Tá certo que tem detalhe, você não sabe escrever, mas isso é um detalhe.

Olha, uma situação corriqueira de um amigo... Aquela cena, ele, o Mato Grosso e o Joca, assistindo a destruição da maloca... Eu choro muitas vezes quando escuto ou canto. Coisa espetacular! O cara está vendo a casa dele ser demolida. E o que ele faz? Louva. 

🎼Saudosa maloca, maloca querida, de onde nós passamos dias felizes de nossa vida.🎼

*Padre Léo canta a música Saudosa Maloca.

Que aula de cura interior. Pensa! Coloque-se no lugar. Você que disse que tem Deus, você que disse que tem o Espírito Santo, Você que já engoliu o Espírito Santo com pena e tudo.  Você que já é um místico profundo. Você que fala em nem sei quantas línguas, comece a falar essa língua que levanta o povo! Isso diante de um amigo que não me recebeu, apesar de ter me convidado. Isso diante da casa que eu perdi. Isso diante da Iracema. Iracema é uma coisa espetacular! A conversa dele com a Iracema, no final você descobre, ele está olhando pro caixão.
E fala pra ela: 

🎼Paciência, Iracema! Paciência! O chofer não teve culpa🎼 

Cura interior no sentido mais absoluto da palavra! Não põe a culpa em ninguém, não!

Não tenho nada seu, Iracema. Eu tenho, assim, umas meias, Seu sapato, perdi até o seu retrato, mas você está gravada aqui dentro de mim! Faltavam vinte dias para o nosso casamento, que nós ia se casar. Você foi atravessar a São João, Veio um carro e te pincha no chão. Você foi pra assistência, Iracema. Assistência é pronto-socorro. O chofer não teve culpa.

Que coisa espetacular a cura interior! Agora, por que ele tinha essa facilidade de fazer essas canções de cura? Porque ele tinha um lugar para voltar.

*Padre Léo canta um trecho da música Trem das onze.

E quem estava esperando? A mãe. 

🎼Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar.🎼 

Quem tem alguém esperando sempre volta. Mais do que a mãe de Adoniran, a mãe de Deus e da igreja, e o próprio Senhor Jesus esperam você.

“Não adianta ficar atrás de novidade. Religião não tem novidade não. O Evangelho é fixo. Não tem nenhuma descoberta nova.”

“O Espírito Santo não cria nada. O Espírito Santo renova a criação de Deus em você. O Espírito Santo fecunda!”

Padre Léo finaliza a pregação com uma profunda oração:




“Pai santo, Pai querido, Pai amado, eu vim a esse Acampamento também para receber a graça da cura e a graça da restauração. O Senhor sabe que não obstante meus dons e meus talentos - que eu louvo, glorifico e agradeço - por ter a graça de cantar, por ter a graça de ser um bom instrumentista... Pela unção das minhas canções, que eu sei que já ajudou muita gente. Mas é triste pensar, Pai, que muitas vezes, pessoas chorando me agradeceram por uma canção que eu fiz, ou que eu cantei, e agora eu me encontro pior que aquela pessoa...  Porque não acredito mais na força nem da canção que o Senhor me usou como instrumento para fazer. 

Eu preciso da cura. Tira do meu coração, Pai, todo orgulho de músico, de instrumentista. Tira, Senhor, do meu coração toda a prepotência! Dai-me, Senhor, a sabedoria humilde de quem saboreia. Dai-me, Senhor, a graça do silêncio. Eu quero gestar no meu coração, Senhor, as canções que o Senhor canta para mim pela voz do Espírito Santo. Hoje eu peço, Senhor, toque no meu consciente, onde encontra-se a minha memória presente... Onde encontra-se a minha lembrança presente... E purifica aí, Senhor, cada pedaço do meu consciente, principalmente aonde se aninhou canções, sons encardidos e estragados.

Senhor, toca também no meu subconsciente, onde encontra-se, Senhor, a maturação da canção estragada e também da canção bonita. Onde encontra-se, Senhor, o ruminar da minha vontade, da minha inteligência, alimentada e realimentada, Senhor, pela fala, pelo canto, pelo ouvir... Toque, Senhor, no meu inconsciente, onde estão escondidas as feridas deixadas pelas canções estragadas. As feridas deixadas pelas músicas encardidas que acabaram tocando o meu inconsciente, o meu subconsciente e tirando minha alegria... Tirando minha paz!

Senhor, derrama no meu coração o dom da canção! O Senhor que é o grande cantor dos Salmos, ensina-me, Senhor, a “salmodear”, inclusive, a partir das horas mais difíceis! Como o Evangelho conta que diante das tensões que o Senhor estava vivendo na véspera da sua Paixão... Faltando poucas horas para a prisão, condenação, morte, o Senhor se retirou no Getsêmani e ali fez canção. E ali salmodeou... Dai-me, Senhor, essa canção! Essa canção que só o Senhor sabe cantar. Cante essa canção em nosso coração, Senhor! Ecoe essa música em nossos ouvidos, em nossa cabeça, em nosso consciente, no subconsciente, no inconsciente, para que possamos ser, Senhor, curados pela canção que hoje, mais uma vez, o Senhor está executando em nosso coração.”

Padre Léo


*Tenda do Senhor,  programa apresentado por padre Léo durante muitos anos na Tv Canção Nova

**Nelsinho Corrêa, missionário, pregador e músico católico, grande amigo de padre Léo
Música que cura e libertaMúsica que cura e libertaMúsica que cura e liberta Música que cura e libertaMúsica que cura e libertaMúsica que cura e liberta
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