Pregação: Senhor, chamai-me!
Data: 24.10.2004
Horário: 14h15min
Local: Comunidade Canção Nova
Animação: diácono Nelsinho Corrêa
Dia de Louvor - Pregação de cura interior
Nesta pregação, padre Léo conta a historia do padre (a quem ele chama de Léo) e do motorista de ônibus que vão para o Céu
Palavra de Deus usada para essa pregação Apocalipse 14, 13:
Eu ouvi uma voz do céu, que dizia: Escreve: Felizes os mortos que doravante morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os seguem.
* Padre Léo diz que somos chamados a tirar de dentro de nós essa dor e amargura e reconher que somos impotentes diante da morte. E somos chamados a pedir a intercessão de Nossa Senhora agora. E nos faz um convite sério: Reconcilie-se com sua morte.
* O padre nos fala que os teólogos da Igreja, os exegetas, meditaram sobre essa verdade bíblica, de que a morte não estava nos planos de Deus, e começaram a questionar...
“Se a morte não estava nos planos de Deus, por que a morte entrou nos planos de Deus? Porque, de fato, Jesus não veio excluir a morte, Ele veio matá-la. Jesus, morrendo, matou a morte!
Então, depois de Jesus ninguém precisaria morrer mais... Mas aí os estudiosos foram perceber que a morte no Senhor (essa expressão que está em Apocalipse 14, 13), ela agora se torna um remédio! Jesus transformou o castigo da morte num remédio.”
* Como transformar castigo em remédio? Padre Léo dá como exemplo muitos pais que louvam a Deus por seus filhos terem ido para a Cadeia (não deixando de fazer uma ressalva de que o sistema penitenciário brasileiro é horroroso). O filho fez uma bobagem, foi condenado, e aquilo mudou a vida do rapaz. Na Cadeia, aprendeu um ofício, a valorizar os pais e hoje é um homem honrado.
* Padre Léo nos alerta que Jesus não inventou uma saída falsa para a morte:
“Jesus não inventa uma falsa solução para a morte. Aqui está o maior problema do ser humano moderno que segue as doutrinas de reencarnação. A reencarnação é uma resposta bonita e romântica para a morte. Só que é uma resposta mentirosa. Absolutamente mentirosa, que não leva a pessoa a uma vida nova!
Graças a Deus que não existe reencarnação, porque vocês imaginam determinados tribufús da história se fossem reencarnados! Deus me livre e me guarde!”
“Deus não trabalha com lixo reciclado!”
“A pessoa só não vai achar consolo na palavra de Deus se não buscar a palavra de Deus.”
* Padre Léo fala sobre céu, purgatório e inferno
“Tem gente nesse mundo que nasceu pra criar inferno pros outros. Sujeito que nasceu só pra atazanar a vida da gente! Que é isso? Parece que tem prazer em ver a desgraça do outro! Prazer em ver o sofrimento do outro! Prazer em ver a dor do outro! Dá uma olhada perto da sua vida pra ver se você não está criando inferno? Tem gente que tem o dom de criar inferno com a língua! A língua da pessoa é uma língua infernal, que diminui, que machuca, que oprime, que ofende... A pessoa já levou tanta cabeçada na vida e não aprende!”
“Meu irmão, minha irmã, nós teremos um encontro com a morte, dos outros e nossa. E esse encontro ou nos torna melhores ou nos torna piores.”
* Padre Léo conta a historia do padre (a quem ele chama de Léo) e do motorista de ônibus que vão para o Céu.
“Nós que vivemos na hipocrisia do mundo, onde o mundo trata as pessoas, os títulos... E a gente acaba acreditando nisso! A morte nos torna iguais. O enterro pode ser diferente. O caixão pode ser diferente. Muda o velório. Muda o caixão. Muda o túmulo. A morte acaba nos encontrando, a todos e a cada um, absolutamente iguais. Tem velório diferente, tem túmulo diferente, tem até Missa diferente, mas a morte é a mesma. Sabem por que muitas pessoas não gostam de falar da morte? Porque a morte olha para você e para mim e diz “Nós somos iguais”. A morte olha para mim e para você como amiga. E ela é amiga.”
* Padre Léo diz que falou para seu amigo Toshio que gostaria de ser cremado e que ele levasse as suas cinzas para a Comunidade Bethânia.
“Cria céu para as pessoas! Para de fazer inferno. Para de infernizar a vida do outro. Você só tem essa vida para deixar rastros. A gente deixa rastro, está escrito aí, Apocalipse 14, 13. As suas obras seguem você. Que rastro você está deixando?
Quantos de nós, pelo olhar, pela voz, pela boca, pelo que nós fazemos, pelo que nós deixamos de fazer, nós estamos deixando rastros de inferno para as pessoas!”
“Você que ir pro Céu? Crie Céu! Você que ir pro Céu?
‘Ah, eu queria sim, ir pro Céu e ser quase igual a um santo!’
Louvado seja Deus! Essa deveria ser a grande inspiração de cada um de nós. Mas faça com que as pessoas aspirem a sua presenca, porque sabem: a hora que fulano chegar, pode ter certeza, se aqui estiver todo mundo na tristeza, vai ficar todo mundo na alegria! Se tiver brigando, ele vai chegar e trazer uma palavra de paz. Se tiver uma pessoa angustiada, ele vai trazer uma palavra de estímulo. Se tiver uma pesso deprimida, ele vai levantar essa pessoa. Mas, também, se tiver uma pessoa no erro, ele vai corrigir essa pessoa. Isso é pai. Isso é mãe. Se tiver uma ovelha desgarrada, ele vai atrás dessa ovelha. E vai trazer essa ovelha.
Meu irmão, minha irmã, para isso você precisa se humanizar.”
“Vocês lembram daquele filme do Mel Gibson? Aquela cena maravilhosa quando cai uma gota de lágrima do céu? O Pai chorou, gente! Na morte de Jesus, o Pai mesmo sabendo que ia ressuscitar Jesus, o Pai chorou. Houve trevas em toda a Terra. A natureza chorou.
Observem na Bíblia uma coisa fabulosa: o dia do nascimento de Jesus, a Bíblia mostra a natureza toda se alegrando! A lua, as estrelas, os animais, as flores, toda a natureza se alegrou. Na morte de Jesus, toda a natureza se entristeceu. Toda!”
Padre Léo exemplifica sobre o sofrimento dos animais citando o caso do cachorrinho Pitico, que pertencia a Juscélia Ludvig, cofundadora da Comunidade Bethânia, e que precisou ser transferido de casa, pois iria morrer de tristeza esperando por ela.
Ao falar sobre morte, padre Léo disse que profetizou que consagrado de Bethânia morre de câncer (posteriormente, em 2006, já debilitado pelo câncer que o acometeu, Dom Alberto Taveira fez com ele uma oração de renúncia sobre isso).
“A morte dos nossos queridos tem que nos ajudar a viver.”
Padre Léo nos ensina o segredo para, ao perdermos um ente querido, não termos peso na consciência:
“Saboreie essa pessoa! Você não pode ficar com a pessoa o dia inteiro? Você pode ficar uma hora? Fique uma hora. Pode ficar um dia? Fique um dia. Pode ficar um minuto? Fique um minuto, mas fique intenso com essa pessoa! Cultive os seus relacionamentos.”
“Gente, é preciso perder uma amizade, se for preciso, para ganhar a vida eterna. Perca os seus amigos, mas perca para Deus.”
“A morte traz a verdade à tona. As nossas obras nos seguem. Que rastro você está deixando, meu filho? Que rastro você está deixando, minha filha?”
* Padre Léo finaliza a pregação com uma oração:
“Pai Santo, Pai querido, Pai amado, nesse dia de oração em que nós suplicamos a sua piedade, o seu amor, e de modo especial, o seu amparo... Nesse dia em que nós mergulhamos o nosso coração no coração de Maria para pedir: ‘Rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte’. Nós queremos pedir a grande graça, agora, Senhor, de que a experiência da morte de nossos queridos, da perda dos nossos amados, ajude-nos a amar mais... A amar melhor! Pai santo, lá em Betânia, na casa de Lázaro, Jesus lembrou para Marta aquela conversa que eles tiveram e que nós não sabemos quando foi. E nós não sabemos quando foi pela delicadeza de Jesus. Jesus nunca quis tornar essa conversa pública. Assim, Jesus quer ter um encontro na intimidade com cada um. Quando foi que Jesus falou para Marta: ‘Não te disse, Eu, se creres verás a glória de Deus?’. Falou num momento de intimidade. Só entre eles, aquela família. Agora, na Bethânia que é o seu coração, nesse momento, fale com a intimidade pra Jesus, e peça para Ele: ‘Segura-me, Senhor! Ampara-me, Senhor! Senhor, põe sobre mim sua mão amorosa. O Senhor chorou lá em Bethânia. Jesus, ajuda-me a aprender a chorar. Ensina-me a chorar, masa chorar na sua presença, feito o profeta Jeremias. Ajuda-me a chorar, mas não aquele choro de revolta, de fingimento... Não aquele choro manhoso. Não aquele choro de insegurança, mas o choro de arrependimento. Eu quero viver uma vida nova! Cuida de mim agora, Deus!’.
Apresente ao Senhor, por fim, você que tem o coração machucado ainda pelos traumas da morte. Você perdeu uma pessoa querida. Pense naquela pessoa amada que você perdeu. Como foi difícil aquele velório. Como foi dolorido levar aquela pessoa parco túmulo. Como você ainda não conseguiu assimilar essa morte. E peça: “Oh, Pai! Segura-me no colo agora!”. Põe a mão assim, no seu coração e peça: “Passa no meu coração o bálsamo do Espirito. Cura essa ferida, Pai. Tá dolorida ainda. Tá doendo tanto, Pai! Eu não queria perder essa pessoa. Eu precisava tanto dessa pessoa ainda. Tinha tanta coisa para a gente fazer junto ainda, meu Deus! Tantas casas para ser construídas! Tantas flores para ser plantadas! Tantas praias para ser caminhadas! Tanto luar para ser contemplado! Tando música pra ser ouvida! Tanto camarão pra ser comido! Tanto perfume pra ser cheirado! Oh, Pai! Parece que tudo foi tão rápido. Não deu tempo de falar tudo que eu queria falar. Não deu tempo de falar tudo que eu precisava falar. Não deu tempo de ouvir o que eu precisava ouvir. Não deu tempo de olhar o que eu precisava olhar. Pai, cura meu coração! O Senhor sabe que está sangrando ainda... Pai, faz que nem o pai do padre Jonas: Aperta esse carnegão que ainda está aqui dentro! Porque eu ainda não consegui assimilar a morte do papai, de mamãe, de minha filha, de meu filho, de meu marido, de minha mulher... Tanta coisa precisava fazer! Tantas laranjas para serem chupadas! E agora essa pessoa se foi... E o que restou? Restou a certeza de que aquilo que a gente guarda no coração de Deus a gente não perde jamais. Aqueles que nós guardamos no coração de Deus, nós não perdemos jamais!
Então termine sua oração abrindo sua mão assim, suavemente, e diga pra Deus: ‘Eu te entrego agora, meu Deus... Eu te entrego papai (vá dizendo pra Deus as pessoas que você precisa entregar, que já foram). Te entrego a Ju. Te entrego o Sueco. Te entrego o vô, a vó. Te entrego o vovô, o tio Dito, tio Nofre. Te entrego Afrânio. Te entrego dona Marlis. Te entrego o Trigueiro. Te entrego Dodô. Eu quero te entregar e te agradecer: obrigado! Obrigado pelos anos que eu vivi com essa pessoa. Obrigado pelo seu sorriso. Obrigado pelo seu carinho. Obrigado pelo seu amor, pelo bem que essa pessoa fez a minha vida. Muito obrigado, Deus! Obrigado, especialmente porque hoje Senhor está me pegando no colo, me segurando. Obrigado, meu Deus! Obrigado, Senhor! Muito obrigado, Senhor!”
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