Paz inquieta

É muito difícil manter a paz e a serenidade até descobrirmos a paz inquieta. Ela é exatamente o contrário da apatia: provoca-nos as mudanças necessárias e nos ajuda a aceitar o que não pode ser mudado.



Infelizmente, o mundo parece não gostar das coisas boas. Prova disso é o amplo espaço que dá às coisas negativas. Fico muito triste quando vejo as pessoas valorizando somente o que é negativo. Basta olharmos para as manchetes dos jornais e da TV para perceber o quanto o mundo parece gostar do que não presta. Existe uma sede muito grande de fofoca. São os “urubus” sócios, que ficam à espera de algo negativo para poder alardear. Mentiras, fofocas e calúnias. Isso gera pessimismo de vida, um negativismo constante. Com isso as pessoas não sabem mais sorrir. Vivem se criticando e se lamentando. Acho que aqui se encontra uma das grandes causas da maioria das doenças.

Sabemos que existe uma causa para tudo isso. As pessoas que vivem para falar mal das outras, na verdade, estão querendo se esconder por trás de tudo isso. Com medo de que descubram o quanto são infelizes e frustradas, elas procuram comentar a vida alheia, esperando que suas carências e frustrações passem despercebidas. São doentes sociais, não aprenderam a saborear a vida. São carentes e mal-amados; além disso, deixam de buscar auxílio. A fofoca, na verdade, esconde sentimentos negativos plantados no coração dessas pessoas.

Muitos não descobriram a paz inquieta porque são especialistas em criticar os outros. São aqueles que estão sempre atentos a descobrir o erro alheio e mais prontos ainda para alardear esses erros aos quatro ventos.





A paz inquieta não se consegue por meio de brigas, discussões, ações penais, autodefesa nem tantos outros caminhos que as pessoas nos sugerem. A paz inquieta é fruto de um coração sereno. Ela nos vem pela graça de Deus e pela humildade. Humildade não é sinônimo de apatia nem roupas velhas ou surradas, é uma atitude de vida. É saber quem somos. Conhecer nossos defeitos, limitações e lutar para mudar o que pode ser mudado. Isso exige um coração curado.

Pela cura interior, o Espírito Santo molda nosso coração, tornando-o semelhante ao coração de Jesus Cristo. É um processo lento e progressivo. Exige que sempre fiquemos atentos às moções do Espírito, que sempre procuremos nos alimentar com a Palavra de Deus e com os sacramentos que o Espírito Santo presenteou a Igreja, especialmente o sacramento da Eucaristia e da Reconciliação.

A cura interior nos ensina que viver é como nadar contra a corrente. Não podemos parar nunca. Por isso precisamos sempre ter objetivos bem definidos para nossa vida. Quem sabe para onde vai não se detém diante de críticas injustas. A cura interior nos ajuda também a discernir o valor da crítica positiva e construtiva. Ela nos revela que todos somos passíveis de erros e falhas e nos ajuda a aceitar tudo isso como um grande processo de amadurecimento.
Padre Léo
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