
"Minha primeira confissão foi muito difícil... Aprendi no catecismo que Deus era muito bravo. Eu imaginava que ele era um homem bem grande, barbudo, gordo e que vivia sentado numa cadeira enorme, com uma vara na mão e um livro na outra. Naquele livro estava anotado todos os meus pecados. E ele estava sempre pronto a me mandar para o fogo do inferno..."
"No dia da primeira confissão, lá estava eu, na fila, esperando que minha hora não chegasse nunca. E se eu me esquecesse de rezar o ato de contrição... E eu lá na fila treinando... chegou a minha vez. O padre bateu com os dedos na gradinha do confessionário. Eu me ajoelhei, pedi a sua bênção, e ele disse forte e seco: ‘Conte seus pecados’... O padre falou um monte de coisas. Não me lembro de nenhuma delas, a não ser que, caso não me emendasse, eu estaria brevemente no inferno... E já foi dizendo: ‘Eu te absolvo dos seus pecados... ’ e mandou rezar um Pai Nosso, três Ave-Marias e uma Salve Rainha... Comecei a rezar a penitência. Mas eu me distraia. Aí começava de novo... Acho que recomecei a penitência umas quinze vezes".
Essa também é nossa história! Quem não se lembra da primeira confissão? Como foi
difícil...! Mas, nos recordamos também, no final, o abraço de Jesus, na figura do sacerdote.
O padre recorda a sua primeira confissão, quando ainda menino, o medo que sentia ao ver a figura do padre, de batina preta, chapéu e um guarda-chuva preto. Um homem enorme, que não podia mentir os pecados para ele, porque ele sabia tudo. E, sobretudo, a idéia deturpada que ele tinha de Deus.
Todas essas experiências negativas pelas quais passou foram desaparecendo ao longo de sua vida, porque pode sentir o toque do amor de Deus, e perceber esse amor, de maneira única.
Podem imaginar o que Deus fez no coração do menino Tarcísio?
Márcia A Bezerra
Não só podemos imaginar como vimos não é Márcia?
ResponderExcluirAbração...
Jonathan Melo - http://jonathanmelo.com.br/site/ - @jonathanmelowd