Porta estreita: caminho para a conversão!

“Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho”. (Marcos 1,15)
O Reino de Deus de que Jesus fala, é o reino que Ele mesmo inaugurou aqui na terra e que terá a sua consumação no céu. Por isso, nessa quaresma, queremos entrar pela porta estreita, atravessar esse mundo ferido pelo pecado para o mundo da graça a que somos chamados. A nossa penitência tem que nos levar para o céu.
O tempo da quaresma é tempo de recolhimento, tempo de fazer releitura de nossa vida para saber se estamos agradando ou não ao Senhor. É tempo de renovação, reassumir a estrada que nos conduz ao Reino. É tempo propício à conversão.

"Mas o que é conversão? O que é ser convertido hoje? Conversão é voltar-se para Deus, que está constantemente voltado para nós. Não é simplesmente desviar-se do mal, mas concretamente apegar-se ao bem. É fazer com que nosso coração esteja sempre voltado para Deus, e assim acolher suas bençãos. Converter-se é um constante trabalho visando colocar-nos totalmente em sintonia com Deus. É caminhar olhando sempre para Deus".

Padre Léo, durante a travessia da porta estreita viveu a penitência que a vida exigiu dele, buscando sempre a graça de Deus, para se fortalecer, deixando ser canal de Deus, e assim consagrando-se inteiramente a Ele. "Convertido é aquele que deixa Deus agir, aquele que permite ser canal de Deus para os outros".
O Senhor lhe deu a graça da conversão. "A conversão é uma graça de Deus". Nenhuma situação dolorosa pela qual passou pode violar essa graça. Caminhando, olhando para Deus, foi deixando as coisas do mundo para trás, buscando as coisas do alto e dando passos em direção ao céu. "Conversão é uma caminhada constante ao encontro de Deus".

"Conversão é um processo. Só que se esse processo não for iniciado aqui, nesta vida, dificilmente poderá ser concretizado um dia".
A nossa conversão nos leva à Vida Eterna. Que também nós possamos trilhar esse caminho, entrar pela porta estreita e fazer parte do Reino de Jesus que também é nosso: a eternidade!

(trechos do livro: “Rastros de Deus”)