17ª Semana
1Sm 18, 6-9ss: “Ciúmes de Saul. Por ocasião de sua volta, quando Davi retornou após ter abatido o filisteu, as mulheres vinham de todas as cidades de Israel ao encontro do rei Saul, cantando e dançando, cantavam em coro:
‘Saul matou milhares, mas Davi, dezenas de milhares’. Saul ficou muito irritado. A coisa lhe desagradou. Ele disse: “Atribuem a Davi dezenas de milhares, e a mim, apenas milhares. Só lhe falta a realeza!’ A partir desse dia, Saul não olhava mais Davi com bons olhos”.
Este texto é muito atual. Infelizmente acabamos encontrando muitas pessoas que também acabam perdendo a unção de Deus por causa do ciúme. Quanta divisão existe em muitos grupos e em nós mesmos. O ciúme é um sentimento que se transforma em atitude. Ele é filho da inveja e da incompetência, mas é filho também do orgulho e vaidade. O orgulho gera em nós um sentimento de superioridade. Acabamos pensando que somos melhores do que os outros.
Com este sentimento vem a vaidade, que nos faz agir como se fôssemos melhores. Com isso passamos a enxergar os outros como concorrentes e inimigos. Nasce a inveja e o outro passa a ser visto como adversário.
É triste percebermos que Saul perdeu a unção (cf. 1Sm 10, 17) por causa dessa atitude. Com o tempo ele deixou de servir a Deus e passou a servir-se de Deus. Saul irritou-se ao extremo. Esses sentimentos negativos em relação aos outros provocam a irritação interior e exterior e, como Saul, passamos a olhar para os outros com maus olhos. Nesta dimensão é impossível acontecer a oração e apodera-se de nós um mau espírito. E, pouco tempo transformamos sentimentos em atitudes. Arquitetamos contra os outros, queremos vingança, vivemos na angústia e no medo. O texto nos mostra como esse processo evolui dentro de nós. Como nos lembra o autor da Carta aos Hebreus (12, 14-15), se queremos ser felizes todos os dias, precisamos tirar do nosso interior todas as raízes da amargura, que acabam estragando e contaminando a vida inteira.
Padre Léo
Ao final desse texto, o padre nos exorta a eliminar de nosso coração toda a raiz de amargura.
ResponderExcluirA amargura, pequenas desavenças, picuinhas entre os grupos de oração, nas comunidades,etc que pode alastrar e corromper a muitos. O padre diz:''Tenhamos a coragem de olhar para dentro de nós mesmos e descobrirmos nossas fraquezas e nossos pecados''. Enquanto não reconhecermos diante de Deus que somos fracos, pecadores, nunca teremos um coração curado.