Aproxima-se a noite de Natal. Nossos olhos se
voltam para o presépio e para a Família de Nazaré. Será? Quiséramos
que assim o fosse para todas as famílias. Infelizmente, os shoppings
intransitáveis entre sacolas e mais sacolas de compras, sugerem outra
coisa. Dá-nos a impressão de que o Noel do consumismo comanda esse
tempo.
O IBGE acaba de divulgar uma
nova pesquisa sobre casais no Brasil. Nunca se casou tanto. Ao mesmo
tempo, país tem recorde de divórcios. Foram registrados 351 mil processos
judiciais de divórcios, com um crescimento de 45,6% em relação a 2010.
Fala-se em um total simbólico de 35% de divórcios em 2011, dos pouco
mais de 1 milhão de casamentos realizados no ano passado. Os casamentos
têm durado pouco segundo as estatísticas (cf. UOLNoticias).
Diante desta realidade, o que
pensar de nossas famílias nesse Natal? Na verdade, não me desespero. Meu
coração, cheio de fé no “Ano da Fé”, colhe esperança. Contemplo cenas
de famílias que buscam em Deus.
Vejo a garra da família de
minha amiga Andréia, com sua mãe D. Carminda ainda no hospital depois de
semanas de UTI. Contemplo o pai, Sr. Antonio, ao lado da cama da esposa
pedindo a graça de tê-la novamente em casa para a noite de Natal. Ele me
diz: “Padre, daqui a quatro anos celebraremos 60 anos de matrimônio e o
senhor nos dará a alegria de celebrar”. Feliz, respondo: “Claro, Sr.
Antonio. A celebração eu garanto, agora a festa é por conta de vocês”.
Ele dá risada e fala pra esposa: “Tá ouvindo, meu bem, melhore logo”. Já
é Natal no coração dessa família.
Participei da ordenação
presbiteral do jovem Pe. Claudenir, na cidade de Indianopolis/PR. Que
momento sublime. Vi todos os presentes, com os olhos marejados, se
emocionarem quando os pais beijaram as mãos ungidas do neo-sacerdote.
Acompanhei a história dessa vocação. Família simples de pequenos
lavradores. Família pobre e negra que com muita dificuldade criou seus
filhos. Pe. Claudenir, ou o nosso “Ni” como é conhecido, significa
muito enquanto superação e realização de sonhos. Ele dizia para a
família e principalmente para os irmãos: “Obrigado por vocês serem minha
família. Eu amo vocês. Acreditem em seus sonhos. Eu acreditei no meu”.
Já é Natal na família do “Ni”.
Agradeço a Deus a graça de
viver Natal ao lado da minha família Bethânia, junto dos meus filhos e
filhas. Olharemos juntos para o presépio e para o Menino. Não teremos
árvores e nem Papai Noel. Mas o amor será a realidade palpável.
Obrigado, Senhor!
E a sua família terá Natal ou apenas presentes? Pense nisso! Desejo a você e sua família um Natal de Jesus!
Fique na paz de Deus!
Pe. Vicente,bth - @peVicente_bth
Transcrição de artigo publicado por Pe. Vicente no site da Comunidade Bethânia
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