Hoje, 20 de novembro é comemorado no Brasil, o Dia da Consciência Negra, (instituída no ano de 1995), em homenagem aos 300 anos da morte de Zumbi dos Palmares, um escravo que liderou o Quilombo dos Palmares, na luta contra a escravidão. Zumbi morreu em 20 de novembro de 1695, enquanto defendia a sua comunidade pelos direitos de seu povo.
Neste mundo em que vivemos, impregnado pelo racismo, nada mais urgente é ter esse dia, para refletirmos sobre a importância do negro em nossa história. A luta continua, apesar do número significativo de habitantes, o negro quer ter o direito de ocupar o espaço que lhe é devido, sem renegar sua negritude e se integrar plenamente à sociedade. É fundamental que não fiquemos só na “reflexão”, é preciso ações concretas para levar o homem ao encontro do irmão, a descobrir os valores da fraternidade.
Dentro desse contexto, padre Léo, que lutou muito contra qualquer preconceito, sobretudo o de raça, nos diz em seu livro: Rastros de Deus: "Os homens resolveram agir como racionais e por isso mesmo é preciso sempre pensar em coisas concretas, é preciso trabalhar com unhas e dentes para que o mundo possa ser grande".
"O verdadeiro Brasil é o país do negro. Sua padroeira é negra, sua comida típica também é negra. Lembrou-se com saudade dos seus tempos de adolescente, quando passava grande parte de seu tempo, na casa de sua amiga e mãe negra. Que saudade estava sentindo da Dna Ditinha, a quem carinhosamente chamava de Madrinha. Que negra maravilhosa, que lhe havia ensinado tantas coisas, inclusive a amar melhor os brancos.
Leão lembrou-se do Padre João Batista, daquele riso maravilhoso que mandava embora tantas tristezas. João era de fato um irmão muito querido. Com ele, Leão aprendeu a ser fiel ao Senhor... e que a grande pregação deve ser o nosso testemunho. Com ele, Leão aprendeu principalmente a saber sorrir, mesmo que esse sorriso fosse molhado por uma gota de lágrima".
O negro não é aceito pelos parâmetros da normalidade, com defeitos e virtudes inerentes a todo ser humano. Seja ele intelectual, operário, exige-se dele muito mais do que se exige de outra pessoa.
"Infelizmente o negro é menosprezado, diminuído. E ele estava profundamente convencido de que enquanto o mundo separar os homens pela cor da pele estará incapacitado para amar, para enxergar além das aparências... é possível transformar o mundo no dia em que os homens descobrirem sua capacidade de amar".
Hoje, a Igreja comemora a grande Solenidade de Jesus Cristo, o Rei do Universo. Para entendermos o sentido desta festa, precisamos tirar de nossas mentes a figura do rei, associada a palácios, tronos e riquezas. Cristo nasceu pobre, viveu entre os pobres, morreu pobre no trono da cruz. Precisamos vencer as barreiras provocadas pelo preconceito, orgulho, ganância, maldade, indiferença, para que o Espírito Santo possa fecundar em nós o amor, para que o seu reinado possa atingir nosso coração e nos transformar.
O que Jesus quer, o que mais deseja, é que vivamos na justiça, na fraternidade e na paz. Os homens esqueceram que todos somos filhos de Deus, somos todos irmãos. O Reino de Deus está entre nós quando amamos o irmão.
Este reinado de Jesus deve começar aqui, nas relações sociais e culminar na pátria Celeste.
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