“Procure
compreender a obra de Deus, porque ninguém endireita o que Ele encurvou. Esteja
alegre no dia feliz, e no dia da desgraça procure refletir, porque um e outro
foram feitos por Deus, para que o homem nunca possa descobrir nada do seu
próprio futuro” (Ecle 7,13-14).
Por maior conhecimento que temos, não conseguimos
decifrar o que nos acontecerá no futuro. Mas uma só certeza trazemos ao
coração: não atingiremos a verdadeira felicidade, a não ser no seio de Deus.

Nesse contexto Marlon Arraes, autor da Biografia do padre
Léo, narra com riqueza de detalhes a trajetória de um homem que descobriu o
verdadeiro amor, que completa, que constrói, o amor que impulsiona a uma vida
totalmente transformada.
A parte VIII (Diamante burilado), o ápice do livro, segue
os passos do homem que sofreu, mas soube
dar sentido a seu próprio sofrimento, na sua fragilidade confiou plenamente em
Deus e perseverou na fé até o fim. Deus o provou no fogo para lhe tirar todas as
arestas.
Padre Léo foi chamado a testemunhar Cristo Crucificado. Os
primeiros sinais indicando que havia alguma coisa mais séria em seu corpo
começa no final de 2005.
“Pouco depois do Natal, durante a celebração de uma missa no Recanto, Pe. Léo percebeu que sua boca
começou a retorcer, repuxando involuntariamente a musculatura da face. Isso
nunca havia acontecido antes... Ele, então, decidiu seguir, após o Acampamento
do Ano Novo, para Itajubá, e passar alguns dias com sua mãe para curar dois
problemas que o estavam incomodando: sua boca, que agora estava mais inchada do
que o normal, e seus pés, que estavam com uma frieira que teimavam em não
sarar”.
Aos poucos, padre Léo foi compreendendo o que Deus lhe
reservava. A pedra bruta ia sendo lapidada. É o Senhor agindo em cada acontecimento, de forma
soberana.
Em nossa caminhada cristã cremos que o Senhor está sempre
ao nosso lado, dando-nos a sua assistência, o seu amparo. “Mesmo bastante cansado, Pe. Léo marcou presença no Acampamento de Ano
Novo na Canção Nova...”
A sua natureza missionária foi mais forte, a sua sede de
evangelizar foi extremamente maior do que a dor que sentia. Estava ali
pregando para milhares de pessoas, uma entrega a algo maior, algo que
transcende. “Toda a dificuldade de
sustentar uma pregação com a energia com que o povo estava acostumado já era um
reflexo da doença que avançava rápida e silenciosamente”.
Nesse Acampamento de Ano Novo, pregou sobre o Mandamento da Lei de
Deus: Não Matarás (30/12/2005), Não pecar contra a castidade (30/12/2005), Não
furtar (31/12/2005), e Purificar nossos desejos (31/12/2005).
Após momentos de cura no convívio com sua família em
Itajubá, enfrenta os desafios da volta à Canção Nova. “Pe. Léo teve uma enorme dificuldade para descer a serra. Em seu carro
ele passou muito mal, tendo dificuldade para enxergar a estrada, seus músculos
tremiam. Tudo isso o forçou a parar o carro várias vezes no acostamento... A
doença já estava tomando conta de seu corpo e alterando seu estado clínico”.
Não podemos opor-nos aos desígnios de Deus. Padre Léo
passará pela “ noite escura”, assim chamava o poeta e místico São João da Cruz,
referindo-se a esse encontro com a dor.
Nadando contra a própria correnteza, contra a correnteza
do mundo, depois deixando-se vencer, descobre a verdadeira dimensão de sua vida
cristã: fazer a vontade do Senhor.
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